O governo federal vem se movimentando para as eleições, e disputas como a de Temer e Meirelles (evidentes no âmbito do Conselho de Administração da Caixa, por exemplo) tendem a ser sublimadas ou acentuadas de acordo com o jogo político. Nesta segunda, foi divulgado que Meirelles decidiu deixar o cargo no início de abril, filiar-se ao MDB e tentar viabilizar sua candidatura ao Palácio. Caso não decole, poderá cogitar o papel de vice numa chapa com Temer ou até mesmo com o governador tucano Geraldo Alckmin.

Entre os movimentos do governo está uma reforma ministerial que deve abrir espaços no segundo escalão. O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, deve ir para o Ministério da Saúde. O titular da Pasta, Ricardo Barros, sai do cargo para disputar vaga na Câmara dos Deputados – ambos são ligados ao PP. “A disputa entre Fazenda e governo vem desgastando a Caixa e prejudicando o banco e seus empregados. Já na presidência da instituição, a questão não é de nomes, mas de projeto de governo. Todos são privatistas, e não têm como meta um banco público que cumpra seu papel social e respeite o direito de seus empregados”, aponta a coordenadora do comitê nacional em defesa das empresas públicas e representante dos trabalhadores no CA do banco, Rita Serrano

A chefia do BNDES também vai ficar vaga com a decisão do economista Paulo Rabello de Castro de candidatar-se à presidência pelo PSC. E o Banco Central passará a ter poder de veto sobre indicações feitas pelo governo às diretorias e aos conselhos de administração dos bancos públicos. A norma, que fará parte de um decreto, valerá para BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. Um decreto presidencial será publicado transferindo a responsabilidade ao BC.

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