A defesa de um auxílio emergencial no valor de R$ 600, protestos contra a fome e a carestia e por vacina já marcam atos pelo País nesta quarta, 26. É o #600ContraFome, organizado pela CUT e demais centrais sindicais, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

“O desemprego aumentou e a fome não espera. A população mais pobre é também a mais atingida pela crise econômica aprofundada com a pandemia, e o governo ignora essa dramática situação, sem políticas públicas que de fato possam amparar milhões de brasileiros, sem vacinas nem auxílio suficientes”, destaca a coordenadora do comitê nacional em defesa das empresas públicas, Rita Serrano.

O valor do auxílio emergencial aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado foi reduzido drasticamente, primeiro de R$ 600 para R$ 300 e, neste ano, para R$ 150 no caso da maioria dos beneficiários. Outros receberão R$ 250 (quando há mais de uma pessoa na família), e alguns R$ 375, no caso de mães chefes de família, para as quais o Congresso havia aprovado R$ 1.200, que foram pagos pelo governo apenas até setembro. O auxílio ainda demorou quase quatro meses para começar a ser pago neste ano, e se destina a um número muito menor de pessoas do que no ano passado.

Em 2020 foram 68,5 milhões de beneficiários. Já este ano, cerca de 30 milhões não receberão o auxílio, ou seja, a pobreza e a fome aumentaram proporcionalmente ao descaso de Bolsonaro e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes. E enquanto a renda diminui, ou mesmo não existe para esses milhões de brasileiros, o preço dos alimentos faz o caminho inverso. Cresce a cada dia, sem qualquer controle, ampliando o número de brasileiros que não têm o que comer.

Pauta importante da mobilização é também a luta por vacina imediata para toda a população, aliada a mais direitos, empregos e contra a reforma administrativa, que vai fragilizar ainda mais os serviços públicos prestados à população.

Fora, Bolsonaro! – Já no sábado, 29 de maio, é Dia Nacional de Mobilização pelo Fora, Bolsonaro!, principal responsável pela extensão e agravamento da pandemia e pela explosão do desemprego e da fome.

As entidades participantes devem divulgar nos próximos dias a programação por estados e regiões, sempre respeitando-se as medidas sanitárias exigidas para se evitar a disseminação de covid-19.

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