Durante a terceira rodada de negociação, realizada na quinta-feira, dia 26, em Brasília, com os representantes dos empregados, a Caixa permaneceu intransigente.
A empresa reafirma a postura de usar como parâmetro para as decisões do banco em relação ao Saúde Caixa a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR).
Atualmente, o banco responde por 70% das despensas assistenciais, cabendo aos usuários os outros 30%, o que garante sustentabilidade ao plano.
A nova conduta, no entanto, impacta diretamente nos empregados, já que quebra o princípio de solidariedade, exclui aposentados, impõe períodos de carências, e permite cobrança de franquia, acabando com a cobrança de mensalidade única por família. Com restrições aos dependentes, além de proibir a oferta do plano a novos concursados.
Na quarta-feira, dia 25, véspera da negociação específica que discutiu o Saúde Caixa dentro da Campanha Nacional Unificada, trabalhadores uniram-se em um Dia Nacional de Luta em Defesa dos Planos de Saúde, marcado por atos e paralisações em locais de trabalho por todo o país.
>> Empregados de todo o país se unem em defesa do Saúde Caixa
Funcef
A terceira rodada de negociações também retomou as discussões sobre a Funcef.
Com relação aos temas pertinentes ao fundo de pensão, o banco não garantiu revisão da metodologia do equacionamento do REG/Replan, assim como a instituição de assembleias e consultas para que os associados decidam sobre questões fundamentais dos planos e benefícios.
Os representantes cobraram responsabilidade da Caixa sobre o contencioso, demandas judiciais, cuja origem está baseada na relação de emprego entre emprego / participante e patrocinadora.
Foi reiterado, por parte dos representantes, que eventuais mudanças no estatuto da Funcef devem ser amplamente debatidas e aprovadas pelos participantes.
A nova rodada de negociação acontece no dia 2 de agosto, em São Paulo, e os temas abordados serão o fim do descomissionamento para empregados gestantes, a apresentação de dados concretos para debater e avançar nos itens em defesa do Saúde Caixa e a garantia contra a desregulamentação da lei trabalhista, com base no principio de nenhum direito a menos.