A possibilidade de o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal deixar de fazer parte da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tomou conta do noticiário nacional neste fim de semana. A medida seria uma reação ao apoio da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ao manifesto em apoio à democracia, intitulado “A praça é dos Três Poderes”, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que, segundo a imprensa, conta com adesão de mais de 200 instituições.
Caixa e BB se recusaram a assinar o documento e comunicaram que, caso o manifesto fosse publicado, deixariam a Federação dos Bancos, gerando uma crise institucional. A divulgação do manifesto, prevista para terça (31), foi suspensa pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf. O rompimento dos bancos públicos com a Federação pode trazer reflexos para os trabalhadores. Hoje, a negociação coletiva dos bancários é feita com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), um braço da Febraban. A saída da Caixa e do BB, se concretizada, pode representar o fim da mesa de negociação única, conquista histórica da categoria bancária.
Com a campanha unificada, os bancários tiveram importantes conquistas como ganhos reais nos reajustes salariais, PLR (Participação nos Lucros e Resultado), adicional por tempo de serviço, horas extras, insalubridade, dentre outros. A categoria bancária é uma das únicas categorias com Convenção Coletiva Nacional.