Os conceitos, temas, conteúdo, artes gráficas e identidade visual da Campanha Nacional dos Bancários de 2022 foram apresentados e aprovados neste domingo (12), na 24ª Conferência Nacional d@s Trabalhador@s do Ramo Financeiro, que acontece em formato híbrido, com a parte presencial reunida no Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo.

A apresentação foi feita pela secretária de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis, em mesa coordenada pelo secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira de Araújo, o Carlão, que teve também a participação da presidenta da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa/RJ), Adriana Nalesso, do presidente Sindicato dos Trabalhadores do Ramos Financeiro do Amapá, Samuel Bastos Macedo, e do presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Bezerra Medeiros.

Fruto de amplo debate – O material de comunicação foi previamente idealizado por um conjunto de mais de 50 profissionais de comunicação e dirigentes sindicais de todo o Brasil, em vários encontros coordenados pela Secretaria de Comunicação da Contraf-CUT e pelo Coletivo de Comunicação dos Bancários, que inclui sindicatos, federações da categoria, em diversas reuniões nos últimos dois meses, com parte dos participantes presencialmente e parte por acesso remoto.

Jovens na luta – Como ressaltou Elaine, “a categoria bancária tem hoje grande quantidade de jovens, então o consenso foi por trazer uma proposta com pegada leve, jovial, que jogasse a bola para cima”. O conceito da campanha foi desenvolvido a partir da ideia de um game, que, para ser vencido exige o engajamento e a luta da bancária e do bancário, com o slogan #BoraGanharEsseJogo. Exatamente por esse perfil jovem, um dos objetivos é também demostrar o valor das conquistas da categoria, pois muitas vezes elas são vistas como um presente dos banqueiros sem o risco de serem perdidas. “Contra essa ideia, a campanha busca criar o sentimento de pertencimento à luta, pois os mais jovens, que não acompanharam as lutas anteriores da categoria, talvez não entendam que os benefícios que temos são fruto de muita luta”, completou.

Cenário difícil – Outra questão fundamental é o momento do país. “Todos os nossos benefícios estão ameaçados por esse governo alinhado ao capital, com uma política de retirada de direitos, um governo misógino, homofóbico e racista, que reproduz toda sorte de preconceito, um governo fascista e nada comprometido com a classe trabalhadora”, afirmou a secretária. “E tudo isso afeta diretamente a vida do bancário e do trabalhador”.

Esse contexto traz dificuldades adicionais à campanha. “Este é o ano das nossas vidas, pois precisamos não apenas construir uma campanha forte e de engajamento da sociedade, mas também nos dedicar à eleição de Lula, pois sem um governo comprometido com a democracia não vamos conseguir manter os atuais benefícios nem conquistar novos”, afirmou Elaine.

Referência de mobilização – União, resistência, luta e resiliência. Para a dirigente, foram essas características históricas que colocaram o movimento bancário na vanguarda do movimento sindical. “Bancárias e bancários têm forte tradição de luta por seus direitos, e por isso são referência a muitas categorias em sua organização. Então temos a responsabilidade de lutar para ganhar todas as fases desse jogo, com os banqueiros e com a eleição do companheiro Lula. De nada adianta conseguir uma boa negociação que mantenha agora nossos direitos e benefícios, se em outubro não forem eleitos um governo e parlamentares comprometidos com a classe trabalhadora”, completou.

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