A situação vivida pelo Banco do Brasil oferece uma amostra do que pode ocorrer com a Caixa caso a proposta de torna-la uma S/A seja aprovada.
Esta semana foi anunciado na imprensa que metade das ações do BB que o governo possuía em seu Fundo Soberano (FSB) foram vendidas. O FSB foi criado em 2008 para ser um fundo especial, vinculado ao Ministério da Fazenda, com as finalidades de promover investimentos em ativos no Brasil e no exterior, formar poupança pública, mitigar os efeitos dos ciclos econômicos e fomentar projetos de interesse estratégico.
Segundo dados do balancete do FSB divulgados na imprensa, os recursos obtidos com as vendas foram transformados em operações compromissadas (são aquelas em que o vendedor assume o compromisso de recomprar os títulos que “emprestou” em uma data futura pré-definida e pode ser considerada uma espécie de empréstimo, tendo como lastro, ou garantia, um título público, em outras palavras: dívida pública).
As ações representavam 90% do patrimônio do fundo (105.024.600 de ações ordinárias) e agora são 47%, as compromissadas são 25% do total.
As vendas tiveram início em maio e, conforme o Tesouro divulgou em nota, o fundo será extinto quando forem concluídas. No final do processo, a participação do governo no BB cairá de 54,4% para 50,73%.