A Caixa Econômica Federal completou nesta quarta-feira 12 de janeiro, 161 anos de história. Para comemorar a data, bancários e suas entidades representativas realizaram em diversas partes do país atividades a fim de reforçar a importância do banco público para a população e para o país, bem como para parabenizar os empregados da empresa pelo trabalho social exercido durante a pandemia, com o pagamento do auxílio emergencial.
Em São Paulo, as atividades se concentraram na Avenida Paulista, em frente às agências localizadas nos números 302 e 1708; e no edifício que reúne diversas áreas administrativas do banco, no número 750 da mesma via.
Durante os atos, foi distribuída carta aberta à população denunciando os ataques à Caixa e aos empregados. As comemorações e protestos também tomaram as redes sociais, com as hashtags #Caixa161Anos #CaixaForteÉCaixaPública.
“São 161 anos servindo o país e o povo brasileiro, e ajudando no desenvolvimento econômico e social e urbano do país. Por isso é dever de todos, empregados, clientes e todos os brasileiros, defenderem esse patrimônio público, para que continue fomentando políticas sociais, habitação e desenvolvimento urbano para todas e todos.”
Danilo Perez, dirigente sindical e empregado da Caixa
“A Caixa é um patrimônio do povo brasileiro, e o povo brasileiro deve defendê-la desta forma. Neste 12 de janeiro, quero parabenizar a população brasileira, que na sua maioria, 70%, segundo pesquisas, é contrária a privatização da Caixa porque entende a importância do banco para o desenvolvimento do país e para o povo brasileiro.”
Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa
Sérgio Takemoto, presidente da Fenae, lembrou que para a história da Caixa continuar sendo escrita, a sociedade precisa lutar para fortalecê-la ainda mais. “São 161 anos de história ao lado da população mais carente, e a Caixa chega aos 161 anos cada vez mais importante e necessária. Nós não podemos permitir que o governo atual siga com os ataques aos trabalhadores, à sua função social e ao próprio banco. E é por isso que nesta data nós precisamos comemorar juntos e dar as mãos para fortalecer essa empresa fundamental na vida de todos os brasileiros.”
Resistência contra assédio moral e sucateamento
O sucateamento da Caixa promovido pelo governo Bolsonaro, bem como o assédio e a humilhação praticados contra os empregados por meio da gestão Pedro Guimarães também foram enfatizados durante os atos.
“É importante os empregados da Caixa e a população saberem que aqueles vídeos [que mostram empregados sendo obrigados a fazerem flexões durante um evento do banco] não vão ficar sem resposta. A resposta está dada. Está sendo protocolada uma ação de assédio moral contra o presidente da Caixa”, destacou Dionísio.
Leonardo Quadros, presidente da Apcef/SP, lembrou que a Caixa e os seus empregados mostraram o seu valor mais uma vez durante a pandemia.
“Mas infelizmente esse valor foi demonstrado à revelia do desejo da direção da empresa, já que os empregados da Caixa estão trabalhando em péssimas condições de trabalho atualmente, por conta das decisões da direção da empresa. Para se ter uma ideia, tem agência que só funciona porque os empregados enchem a caixa d´água com mangueira. E isso não é fruto do acaso. É resultado de uma reestruturação feita pela direção da empresa e que acabou sucateando áreas importantíssimas para dar suporte para o funcionamento das unidades.”
Leonardo Quadros, presidente da Apcef/SP
“A Caixa é uma das poucas empresas centenárias do Brasil. E se é pública, é para todos” afirmou Maria Rita Serrano, representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.