A coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (que representa centenas de entidades e milhares de trabalhadores em empresas públicas pelo País) e representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração, Rita Serrano, participa nesta terça-feira, 14 de setembro, do lançamento do programa Se é público, é para todos, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. O programa é homônimo e fortalece campanha que o Comitê lançou em 6 de junho de 2016 no Rio de Janeiro, que se espalhou pelo Brasil e países como Argentina e Uruguai.
Há cinco anos, o lançamento da campanha foi marcado pela realização de debates sobre a valorização do bem público – empresas, serviços, políticas, espaços e tudo mais que se constitui em riqueza do e para o povo brasileiro. O evento contou com a presença do ex-presidente Lula e reuniu intelectuais, especialistas e dirigentes dos movimentos sindical e social, que denunciaram o então governo de Michel Temer como incentivador das privatizações. E depois disso as coisas pioraram ainda mais, pois o atual presidente Bolsonaro tenta insistentemente sucatear o que é da sociedade para vender seu patrimônio.
Além das discussões com foco na valorização das empresas e seus trabalhadores, esclarecendo sobre os prejuízos das privatizações, o novo programa vai apresentar vídeo recém-produzido pelo comitê que destaca tanto empresas quanto serviços públicos, alertando que se as privatizações ocorrerem milhões de brasileiros serão atingidos. A campanha também resultou na edição do livro Se é público, é para todos, no qual Rita é coautora com artigo sobre a Caixa, além da versão em português do estudo O Futuro é Público, da entidade holandesa Transnational Institute (TNI). A transmissão do programa será feita pelas redes sociais do comitê, da gestão de Rita Serrano no CA da Caixa e do Sindicato dos Bancários de SP.
Primeira edição – Esta primeira edição traz como tema ´Empresas Públicas e Lucro, entenda sua PLR´. Com Rita, participam Dionísio Reis, bancário da Caixa e diretor da Secretaria de Relações Sociais e Sindicais do SEEB-SP e Antonio Neto, bancário do Banco do Brasil, diretor do SEEB-SP e integrante da coordenação do GT em defesa dos bancos públicos.
O objetivo é discutir os permanentes ataques às empresas públicas, que ocorrem de forma sistemática desde 2016 e que foram agravados durante o governo Bolsonaro com a privatização dos Correios, Eletrobrás, BR Distribuidora e Liquigás, bem como a venda de parte dos bancos públicos: Caixa, BB, BNB, Basa.
Especificamente no caso dos bancos, durante a pandemia houve aumento de 9,8 milhões de novos clientes bancários e grande parte foi devido ao pagamento do Auxílio Emergencial pela Caixa. As agências do BB e da Caixa representam 39,4% do total de agências bancárias em 2.619 municípios (47% do total). Só a Caixa possui 3.372 agências (17,2% do total) espalhadas em 1.633 municípios do País.