Reportagem do jornal Estadão de sexta-feira (29) diz que a direção do banco pretende abrir o capital da Caixa Seguridade entre março e abril deste ano. Segundo fontes ouvidas pelo jornal e pela Brodcast, o objetivo seria vender em bolsa 30% da subsidiária.

“Entre os grandes bancos privados de varejo, nenhum abriu o capital de sua seguradora. A experiência do Banco do Brasil apontou queda na rentabilidade, e os presidentes que assumiram o banco posteriormente disseram que não fariam o IPO. Mesmo com estes exemplos, o governo e a direção da Caixa insistem neste plano, que tende a ser malfadado”, explicou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “É a terceira vez que a direção da Caixa tenta abrir o capital da subsidiária. A última tentativa, em setembro do ano passado, foi suspensa com a justificativa oficial da instabilidade do mercado em razão da pandemia. Cenário que não é muito diferente do atual. Qual o sentido de insistir nesta abertura de novo?”, questionou.

Estima-se que a operação seja avaliada entre R$ 50 e R$ 60 bilhões, em eventual listagem na B3. “A empresa tem este tamanho graças ao esforço de seus empregados. O exemplo mais recente é o Caixa Tem, que em pouco tempo, graças à reconhecida dedicação dos trabalhadores da Caixa, tornou-se alvo da cobiça dos concorrentes e também sofre ameaça de venda por meio de IPO. O resultado destas empresas deve ser revertido para a Caixa e, consequentemente, para a sociedade brasileira, e não ser apropriado por eventuais investidores privados, entre os quais provavelmente estariam concorrentes da Caixa” finaliza Leonardo.

Defesa da Caixa – As entidades que representam os trabalhadores da Caixa lutam, há anos, contra os ataques do governo e da direção do banco público. Confira neste link (www.apcefsp.org.br/caixa-100-publica) tudo o que já foi feito em defesa da Caixa 100% pública, contra a privatização.

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