A APCEF/SP recebeu informações de que, hoje (10/7), o Conselho Diretor da Caixa, composto pelo presidente e pelos vice-presidentes do banco, estaria reunido para aprovar a segregação da vice-presidência Fundos de Investimento (Viart).

Este seria um dos passos para que a área de negócios se transformasse em subsidiária, possuindo CNPJ próprio, criando a chamada “Asset”. O objetivo declarado da atual administração da empresa é realizar a privatização da área por meio da abertura de capital.

Empregados da área – Questionada anteriormente por representantes dos empregados, a empresa não soube explicar se os atuais empregados dos setores atualmente vinculados à Viart continuariam na condição de empregados da Caixa, trabalhando cedidos, ou se seriam convidados a ser transferidos para a subsidiária que Pedro Guimarães pretende criar.

Benchmark – Todos os concorrentes da Caixa, sem exceção, possuem a área de gestão de fundos de investimentos em subsidiárias integrais. Nenhum abriu seu capital. O que a administração da Caixa pretende fazer está na contramão do mercado. Somente em 2019, a área arrecadou cerca de R$ 2,4 bilhões apenas em receita de prestação de serviços.

Legalidade – A Fenae e a Contraf-CUT questionaram, por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), o processo de venda do patrimônio público iniciado no governo passado e mantido pelo presidente Bolsonaro e pelo ministro Paulo Guedes.

Foi concedida liminar proibindo a venda das empresas, e posteriormente, no julgamento do mérito, o acórdão do STF previa a necessidade de autorização legislativa para que o governo realizasse a venda/transferência do controle em diversos casos.

A Contraf-CUT e a Fenae interpuseram recurso buscando aumentar a proteção das empresas públicas contra os processos de privatização. Recentemente, o Congresso Nacional solicitou ao STF seu ingresso na ação como parte interessada.

:: Congresso pede para ser parte interessada em ação da Fenae no STF contra privatização

Defesa da Caixa – Recentemente, a sociedade viu, em função da pandemia, a importância do país possuir instituições públicas capazes de implementar políticas que alcancem toda a população. As duas mais marcantes foram a Caixa e o SUS.

As entidades representativas dos empregados, como a Fenae, Contraf-CUT, Apcefs e Sindicatos, realizam permanentemente campanhas de valorização e defesa da Caixa e das empresas públicas.

:: Campanha em defesa da Caixa movimenta redes sociais nesta quinta-feira (9)

Acompanhe e fortaleça a luta pela defesa do patrimônio público. O assunto também é objeto de discussão do Conecef e da Conferência Nacional dos Bancários, que ocorrem nos neste e no próximo final de semana.

:: Congresso da Caixa começa nesta sexta-feira (10) com transmissão ao vivo.

Compartilhe: