No fim de janeiro a mídia hegemônica divulgou que até março a Caixa irá lançar novo Programa de Demissão Voluntária (PDV).

Ainda não houve uma confirmação oficial do banco, mas conforme a APCEF/SP apurou com a conselheira eleita Rita Serrano, a proposta foi aprovada pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Diretor.

Para ser implementado faltaria apenas a aprovação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).

No ano passado ocorreu um PDVE (Programa de Demissão Voluntária Extraordinário) com o objetivo de reduzir o quadro de empregados em 10 mil, mas somados aos desligamentos de rotina, segundo o Balanço da Caixa, até setembro de 2017 foram 7.315 empregados a menos no banco público.

Com isso, na conta da empresa, faltam cerca de 2,7 mil empregados a serem desligados.

O objetivo é retirar a Caixa do mercado e terceirizar a mão de obra.

Cada vez mais a empresa adota as práticas de mercado e isso inclui a extinção de postos de trabalho.

Cerca de dois terços das transações feitas pela Caixa já foram jogadas para fora de suas agências e metade disso está com as lotéricas.

O novo PDV vem após a aprovação do novo estatuto onde está definido que o Conselho de Administração (CA), que agora possui poderes de gestão, é quem decidirá sobre o número de empregados necessários.

Porém, é importante lembrar que o CA é predominantemente formado por indicações do Ministério da Fazenda, hoje comandado pelo banqueiro Henrique Meirelles.

“Os trabalhadores da Caixa, já sobrecarregados e pressionados pelo processo de reestruturação e verticalização, terão um ano ainda mais difícil. A única forma de barrar essa situação é com a união e a mobilização. Temos que estar atentos e deixar claro que o problema é insustentável”, destaca o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.

A falta de empregados não é problema novo e se agrava com o novo PDV.

Os trabalhadores sentem o efeito deste problema há tempos e com essa perspectiva ficam ainda mais apreensivos, vivendo dias de grande insegurança e pressão.

Papel da Caixa – A Caixa é mais do que um simples banco, é agente de políticas de Estado. Por conta disso, o atendimento pessoal realizado nas agências é de grande importância e há tempos sofre com a falta de empregados. Situação que tende a piorar.

A população sofre com a sobrecarga dos empregados, sem contar que isso também impacta na imagem da Caixa, que fica cada vez mais fragilizada.

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