Conforme prometido em 2019, o processo de privatização dentro da Caixa já está avançando em 2020.
Segundo divulgado pela grande imprensa, o governo irá fechar em breve contrato com o banco de investimentos que irá assessorar a Caixa na abertura de capital de sua operação de seguros.
O escolhido, ao que tudo indica, será o banco norte-americano Morgan Stanley.
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Enquanto isto, a Caixa anunciou na segunda-feira (6) a criação de uma sociedade entre a Tokio Marine e a Caixa Seguridade para explorar por 20 anos os ramos de seguros habitacional e residencial da rede de distribuição do banco.
O negócio faz parte do projeto de abertura de capital da operação de seguros e pretende selecionar novos sócios e parceiros para todos os segmentos de seguros.
O cronograma de privatização irá seguir no início de fevereiro com o pedido da oferta pública inicial de ações junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a precificação da operação em abril.
Conforme circula na imprensa, a expectativa do banco seria listar sua seguradora na B3 com uma avaliação entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. A fatia a ser vendida na bolsa pode ficar entre 20% e 25%.
A abertura da área de seguros será usada como modelo para a abertura das demais áreas do banco.
O próprio presidente da Caixa, Pedro Guimarães, havia anunciado que após a área de seguros a próxima da fila seria a área de cartões.
Guimarães reafirmou este plano em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, em 28 de dezembro, na qual declarou que “a venda de ativos em 2020 será muito maior”, a começar pelo objetivo de capitanear a bilionária abertura de capital da Caixa Seguridade.
Disse ainda que, depois de vender R$ 15 bilhões em ativos próprios em seu primeiro ano de gestão, será seguida à risca a orientação de desinflar os bancos públicos no Brasil, conforme orientação dada pela equipe econômica do governo.
Uma das metas é concluir a reestruturação da operação de seguros, com a chegada de novos sócios a partir de fevereiro de 2021, quando termina o contrato de exclusividade com a francesa CNP Assurances, atual acionista.
Além disso, é importante lembrar que o banco segue perdendo mercado registrando queda em sua carteira de crédito. Com o plano de privatizações sendo colocado em prática em 2020 resta saber o que irá sobrar na Caixa. Como o banco irá assegurar sua sustentabilidade para continuar sendo o banco do povo?