A Medida Provisória 995/2020, que permite dividir e vender os pedaços da CAixa, já recebeu ao todo 412 emendas. A medida foi publicada por Bolsonaro na noite da última sexta-feira (7). Considerada uma privatização disfarçada da Caixa, por fatiar o banco e tirar suas áreas mais rentáveis, a medida provocou reação imediata da sociedade organizada e do Legislativo.
Parte das emendas contrárias a proposição do Executivo é resultado da mobilização que as entidades representativas dos empregados da Caixa fizeram, no Congresso Nacional, com o objetivo de sensibilizar os parlamentares sobre os efeitos prejudiciais da iniciativa do governo Bolsonaro.
A Apcef/SP também enviou sugestões de emendas à MP 995 aos parlamentares de São Paulo.
Nesta terça-feira (11), diversas ações foram tomadas pelos deputados de oposição para barrar a medida e invalidar os seus efeitos. Os seis partidos de oposição ao governo vão redigir um documento exigindo a devolução da Medida. O texto foi assinado pelas lideranças dos seis partidos de oposição e pelo líder da minoria.
O maior partido de oposição ao governo Bolsonaro também vai entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), assinada pela sua presidência. Apenas partidos políticos e Centrais Sindicais podem impetrar ADI’s no STF.
Bolsonaro – Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro deu mais um sinal de que o governo não irá desistir das privatizações. “O estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada.”, afirmou após dois dois de seus secretários especiais do Ministério da Economia, Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização), pedirem demissão nesta terça-feira (11).
Enquete – Os empregados Caixa e a sociedade em geral também podem dar sua opinião sobre a MP 995 e pressionar os deputados a votarem contrários a Medida Provisória.
:: Participe da enquete da Câmara dos Deputados.
Outra forma de participar da mobilização é enviando uma mensagem aos deputados, senadores e demais representantes do legislativo como sugerido pela Apcef/SP, clique aqui.