Manifestações por todo o país marcaram esta sexta-feira (11), dia de luta contra a reestruturação e o desmonte da Caixa. O ato cobrou respeito da direção e mais contratações nas agências e, também, nas redes sociais.
Dirigentes sindicais foram às agências da Caixa para alertar a população sobre a reestruturação que está acontecendo no banco. Empregados estão sendo “despejados” de diversas áreas sem qualquer planejamento ou negociação. A mudança atinge principalmente aposentados e trabalhadores com função incorporada, em uma clara pressão para que saiam do banco por meio do Programa de Desligamento Voluntário (PDV).
A falta de empregados também fez parte da pauta do Dia de Luta. Mesmo com um déficit de mais de 19 mil trabalhadores, novas contratações não fazem parte dos planos do banco. Sem novas contratações, a gestão prejudica os empregados, que acumulam trabalho, e compromete o atendimento à população.
Filas imensas – Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a atividade foi realizada em frente da agência do Jardim Colonial, na zona leste da capital paulista. Dirigentes conversaram com a população sobre o desmonte da Caixa, entregaram panfletos explicando a situação da empresa pública e pediram para que as pessoas assinassem um abaixo-assinado virtual por mais contratações (clique aqui para assinar).
A agência estava ainda mais lotada por conta do pagamento da renda básica emergencial da prefeitura do município, mais um momento onde a Caixa é chamada a fazer o que mais sabe: atender a população mais vulnerável. No entanto, a política pública veio sem organização e, novamente, sem lembrar que é preciso contratar mais empregados. “A Caixa está sempre à disposição da população, mas é preciso planejamento e, é claro, trabalhadores! Os depósitos estão aparecendo nas contas apenas no período da tarde, o que impossibilita a população de sacar os recursos de manhã, e aumenta o tempo de espera nas filas. Mas a prefeitura não passou essa informação para o povo, tudo se descobre é na Caixa mesmo!”, contou a diretora da Apcef/SP Vivian Carla de Sá. “Muitas pessoas acham que a Caixa não quer pagar e as aglomerações aumentam em um momento em que as contaminações e mortes em decorrência da Covid-19 estão aumentando drasticamente”, ressaltou.
Redes sociais – Nas redes sociais, foi realizado um tuitaço, às 11 horas, com as hashtags #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil #MaisContrataçõesMenosFilas #CaixaRespeiteOEmpregado.
Também aconteceram manifestações por meio do aplicativo Manif.app: pelo link, o manifestante se conecta com o local do protesto e participa do ato, que poderá ficar até 24 horas no local indicado, usando as mesmas hashtags.
“Pedro Guimarães e o presidente Bolsonaro precisam demonstrar respeito aos empregados da Caixa e ao povo brasileiro, que é cliente e dono da Caixa, contratando mais empregados para atender melhor a população e diminuir a sobrecarga de trabalho no banco”, concluiu Vivian.