Nesta quinta-feira (18/3) foi realizada a apresentação das demonstrações financeiras da Caixa. Os itens do balanço que mais contribuíram para o lucro anunciado de R$ 13,169 bi foram o resultado de equivalência patrimonial (REP) da Caixa Seguridade, responsável por R$ 5,968 bi, e a redução de cerca de R$ 4 bi nas provisões constituídas pelo banco. Os dois itens somados alcançam a cifra de quase R$ 10 bilhões.
As demonstrações financeiras também apontam a redução de 2.611 empregados durante o ano de 2020, sendo 2.113 por adesão ao PDV. O número de estagiários também caiu, com o fechamento de 3.577 postos. O número de convocados do último concurso e a contratação de estagiários anunciados recentemente são, portanto, insuficientes para repor as vagas fechadas no último período.
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Os destaques positivos do balanço ficaram por conta do crescimento da carteira de crédito PJ na Caixa e do aumento no número de contas. O estoque do crédito PJ saltou de R$ 38 bi para R$ 70 bi, e o número de contas passou de 98 milhões para 212 milhões, demonstrando a força da Caixa como executora de políticas a dedicação dos empregados, mas também evidenciando a sobrecarga de trabalho nas unidades.
“O balanço mostrou, de maneira inequívoca, a capacidade dos empregados, mas também sua sobrecarga. A relação de contas por empregado saltou de 1.160 contas pra cada trabalhador, número já elevado, para 2.590. É urgente que haja mais contratações, disse o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “Os balanços de 2019 e 2020 mostram claramente que o resultado da Caixa está ancorado em venda de ativos. A insistência no IPO da seguridade, no momento no qual a subsidiária tem o melhor resultado, prova o foco no desmantelamento do banco. O que não vamos permitir que aconteça”, completou.