Em mais um ataque da gestão da Caixa contra o direito de organização de seus empregados, os bancários que aderiram à paralisação de 27 de abril, decidida em assembleia da categoria, tiveram mais dois dias descontados referentes ao fim de semana, já que a direção considerou a data como “falta não justificada”. Considerar greve como “falta não justificada” é considerado prática antissindical e contraria decisão cautelar do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Empregados relataram, na época, que a direção da Caixa orientou as chefias a marcar o dia dos bancários como “D” no ponto eletrônico, o que corresponde a falta não justificada e, assim, passível não apenas de desconto do dia parado, mas de mais dois dias referentes ao fim de semana e, ainda, reflexos na carreira dos empregados.

“O Sindicato dos Bancários já havia acionado a justiça, não apenas com relação ao desconto do dia parado, mas também pelo ponto com falta injustificada. Agora, com o desconto de mais dois dias, fica clara a prática antissindical adotada pela direção. O processo terá acréscimo de mais dois dias e nova argumentação em nosso favor ”, explicou a diretora da Apcef/SP, Vivian Carla de Sá.

Em 26 de abril, antes da paralisação, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maurício Delgado, proferiu uma tutela cautelar em defesa do direito de greve dos trabalhadores, mantendo um expediente mínimo de 60% na Caixa toda. No dia seguinte (27), a Contraf-CUT encaminhou ofício ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, reforçando a decisão do TST e solicitando que a orientação de desconto dada para as chefias fosse retirada.

“Vamos buscar nossos direitos na Justiça. A direção da Caixa busca por meio de chantagem e práticas antissindicais a desmobilização de seus trabalhadores, que lutam por melhorias na Caixa e nas condições de trabalho, mas não vai conseguir”, ressaltou a diretora da Apcef/SP.

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