Grande parte dos bancários da Caixa do País realizaram o dia de paralisação nesta terça-feira (27), conforme deliberação da maioria das assembleias realizadas no final da semana passada.
Inicialmente descrente em relação ao poder de organização dos bancários, a Caixa parece ter sentido a crescente mobilização nos últimos dias. A direção da empresa entrou com pedido de tutela cautelar antecedente na Justiça, nesta segunda-feira (26), contra a indicação de paralisação das unidades no dia de hoje. Contudo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) não deferiu o pedido do banco, o qual alegava que a greve não tinha fundamentação trabalhista e sim, cunho político e ideológico.
Logo no período da manhã desta terça-feira, o receio se transformou em desespero e a direção da Caixa, por meio de CE, orientou os gestores a homologarem o dia com “D”, que representa falta não justificada, ao invés de “M” ou “G”, códigos utilizados para homologar os dias de adesão à greves e paralisações, como prevê o item 3.26.7 do MN RH 035 – em total desrespeito à justiça, que indeferiu sua própria liminar.
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“A mobilização sempre foi uma arma poderosa na luta pelos nossos direitos. Sem movimento não há avanço! Hoje foi o primeiro dia de uma briga que vamos travar até o fim. Brasil seguro é Caixa pública, com respeito aos empregados e às suas conquistas”, lembra o diretor da Apcef/SP, André Sardão.
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