A terceira mesa do 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) tratou sobre um tema caro aos empregados Caixa: a Fundação dos Economiários Federais (Funcef). Com ataques as Leis Complementares 108 e 109, retirada de patrocínios e desmontes da previdência complementar, o debate tratou sobre os desafios que aguardam os novos diretores e conselheiros recém-eleitos, em maio, e os participantes na Fundação, em especial a retomada do diálogo com os empregados mais jovens. 

Com o tema “Funcef – Desafios e expectativas de uma gestão transparente, participativa e dos participantes”, o novo diretor de Administração e Controladoria, Rogério Vida, e o novo diretor Benefícios, Jair Pedro Ferreira, falaram no painel do Congresso. A mesa foi presidida pelos membros da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) Zelário Bremm (Fetec/PR), Lizandre Borges (Sindicato dos Bancários do Espírito Santo) e Sâmio Cássio (SEEB/BA), também eleito para o conselho fiscal da Funcef.

Para Jair Ferreira, os ataques do governo – Paulo Guedes e Pedro Guimarães – estão entre os  principais pontos a serem enfrentados. “O governo quer tirar os nossos recursos e tirar os trabalhadores da participação do plano de previdência. Nós somos contra a retirada de patrocínio, é o direito adquirido das pessoas e precisa ser respeitado. A Funcef é uma conquista dos trabalhadores”, reiterou.

O diretor de Benefícios reforçou que a solução é trazer para o debate todos os participantes retomando o debate sobre a Funcef. “O relacionamento com os participantes tem que ser mais fortalecido. Além disso, precisamos ter a formação previdenciária, ter isso como uma política. Agora que tomamos posse, a ideia é que a gente faça reuniões nos estados para abrir o debate e discutir previdência pública que é uma conquista de nós trabalhadores”. Jair ainda agradeceu a todos que votaram na eleição e o escolheu para a diretoria da Funcef e a todos os outros membros do movimento.  

Rogério Vida enfatizou a grande união dos participantes para a eleição dos membros do movimento “Juntos – A Funcef é dos Participantes”. Segundo ele, a eleição trouxe claramente a importância da união para defender bandeiras como Saúde Caixa e Funcef. “Não podemos mais sucumbir a esses ataques”.

O conselheiro Sâmio Cassio destacou quatro pilares para que os novos eleitos possam atuar. “No meu entendimento temos que pautar nossa gestão em quatro pilares. O fim do equacionamento, temos que fazer investimentos sólidos e rentáveis; Unificação do REB ao Novo Plano; dar mais transparência para a Funcef, ser mais transparente. E o quarto pilar é a participação de todos. As pessoas têm que se preocupar com seu futuro”, afirmou.

Lizandre ressaltou a importância de ter representantes alinhados com as pautas dos empregados na Fundação. “Os planos de pensão estão sofrendo um ataque. Nós termos representantes comprometidos com o movimento e os empregados é fundamental para a Funcef e os fundos de pensão”, avaliou.

Zelário também ressaltou a união do movimento para a conquista da eleição da Funcef. “A importância desse processo todo é a volta do reconhecimento, com uma chapa do movimento, buscando a união de todas as forças e mostrando para a categoria que aqueles que querem representar os trabalhadores dentro da Funcef estão dispostos a fazer as alianças para garantir aquilo que é melhor para os trabalhadores.” 

O Congresso segue na sexta-feira (10) com mais duas mesas de debate.

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