O Conselho de Administração da Caixa deve apreciar matéria que trata da mudança no estatuto da empresa.
De acordo com a área econômica do governo Temer, a intenção é melhorar a governança e abrir caminho para a abertura de capital do banco público.
Balela. Porque o objetivo dos banqueiros abutres é abocanhar o filé mignon representado pela carteira robusta da Caixa.
O banco público gerencia mais de 80 milhões de clientes, ocupa terceiro lugar no ranking do Banco Central com R$ 1,256 trilhão em ativos e é operador exclusivo do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço com saldo de R$ 487,3 bilhões, conforme balanço de junho de 2017.
Estes são os números que interessam às instituições financeiras quanto à privatização da Caixa, que não tem nada a ver com seu papel social. A lógica é: tira um banco que financia o desenvolvimento do país e coloca outro que financia o ganho de seus controladores.
Hoje são cinco bancos que controlam mais de 80% das operações de crédito no país, sendo dois estatais. A única forma dos privados crescerem no mercado é abocanhando os estatais. Este é o caminho.
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Conspirando a favor dos privados – Permitir que o Tesouro Nacional socorra os bancos com recursos de acionistas e capital do próprio banco para sua recaptalização, criando a “parte boa” e a “parte ruim” da instituição financeira, conforme divulgado no jornal Valor Econômico, em 9 de outubro, ou transferir ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) ativos que estão em seu balanço, para abrir a margem de capital, divulgado em 18 de outubro, são medidas recentes que demonstram a intenção do governo em entregar aos abutres só o filé.
Há alternativas? A resistência e unidade dos empregados da Caixa e da sociedade pode ser um caminho na tentativa de barrar essa investida pesada do governo em transformar o banco público em mais um banco comercial privado à serviço de seus acionistas.
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