Vamos supor que estamos diante de uma questão imprescindível para o banco público e que devemos escolher um representante entre estas quatro opções: 1 – Temer, 2 – Meirelles, 3 – Occhi, 4- Conselho de Administração ou 5 – Nenhuma das alternativas anteriores.
Qual você arriscaria? Vamos às devidas apresentações.
Temer, o mandatário que chegou a presidência do jeito que chegou, faz discurso rebuscado de que é preciso tratar a Caixa como “longa manus” do Estado na execução de política social. No entanto, reduz o Programa Minha Casa Minha Vida cumprindo apenas 13,5% do compromisso assumido da construção de 170 mil novas moradias destinadas a famílias que ganham até R$ 1.800,00.
O banqueiro privado Meirelles, filiado ao Partido Social Democrático (PSD) e Ministro da Fazenda por indicação política de Temer. Elogia a eficiência de gestão da Caixa e o foco nas atividades principais sob a sua perspectiva, mas trabalha por menor presença do banco público no mercado.
Ex-empregado da Caixa, indicado pelo Partido Progressista (PP) para a presidência do banco público, Occhi conduz a Caixa ao gosto do governo Temer. Defende a redução de direitos, a exemplo do Saúde Caixa, realiza política de esvaziamento da empresa, foca na alta performance, exige certificação CPA-20 para todos os gerentes da rede, pressiona o cumprimento de metas abusivas, entre outros massacres aos empregados do banco público. Está sendo taxado de “Rainha da Inglaterra”, mas cumpre o que o governo Temer manda.
O Conselho de Administração que de oito membros tem sete indicados por Temer, integrado por representantes da Fazenda, do Planejamento e presidente da Caixa, alterou o estatuto da empresa dando-lhe “ares” de S/A. Dele dependerá, entre outras, a prerrogativa de aprovar ou não o Acordo Coletivo de Trabalho, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), características da rede de agências, remuneração de profissionais, a indicação de vice-presidentes e gestores da Caixa, escolhidos pelo mercado financeiro.
Portanto, é bom ter cuidado com as alternativas que tentam nos enfiar goela abaixo…
O que são ou como deveriam ser: indicações políticas no banco público
A Caixa é um banco 100% público, deve executar políticas de Estado. Portanto, indicações políticas para cargos estratégicos devem atender às políticas de Estado e planejamento de projeto eleito pela população em eleições democráticas.
“Isto demonstra a importância do voto cidadão e da participação da sociedade na escolha de seus representantes, o que não tem nada a ver com “usar empresas públicas como balcão de negócios”, destaca o diretor da APCEF/SP Edvaldo Rodrigues da Silva.
A defesa da Caixa 100% pública se faz necessária diante da perspectiva de que o banco público deve atender aos anseios e necessidades do povo brasileiro, que escolhe o projeto de governo a ser implantado no país.