Um ato em defesa da Caixa 100% pública, forte, social e a serviço dos brasileiros foi realizado nesta quarta-feira (24), em frente ao edifício Matriz I, no Setor Bancário Sul, em Brasília (DF). Uma das mensagens que ilustraram a mobilização, organizada pelo Sindicato dos Bancários, foi a da campanha da Fenae “Não tem sentido”. Entre outros, o ato alertou os trabalhadores para os riscos de enfraquecimento do banco neste momento de ameaças privatistas. Também houve panfletagem em outros prédios da Caixa na capital federal.

Conheça a campanha “Não tem sentido”.

Sindicalistas, representantes de entidades sociais, diretores da Fenae e deputados da base dos trabalhadores bancários recém-eleitos, como a federal Érika Kokay e o distrital Chico Vigilante, falaram sobre o papel fundamental da Caixa na vida de milhões de brasileiros. Todos ressaltaram a importância do banco em áreas como habitação, saneamento básico, educação, cultura, esporte, agricultura, gestão do FGTS e loterias.

“O futuro dos bancos públicos, em especial a Caixa, está em jogo. Nos preocupa o que já está ocorrendo com o Conselho de Administração, com as nomeações de vice-diretores que já estão sendo requisitadas por um candidato. É hora de defender a Caixa que tanto contribui com o desenvolvimento do país”, afirmou o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. Entre os vários problemas, ele citou que, nos últimos anos, milhares de empregados deixaram a empresa por meio de planos de demissão e de aposentadoria.

Fabiana Matheus, diretora de Saúde e Previdência da Fenae, alertou que trabalhadores, clientes da Caixa e sociedade em geral estão diante de uma eleição decisiva par ao futuro do Brasil. “Nossa missão é garantir a democracia, os direitos humanos e a soberania. Não podemos deixar que os defensores do capitalismo tomem conta de nossa empresa, dos nossos empregados, dos terceirizados e do desenvolvimento do país”, enfatizou Fabiana.

“Este ato é de esperança. Os empregados estão com suas funções ameaçadas diante da desarticulação que vem sendo promovida na Caixa. Neste momento, precisamos que nosso pessoal tenha a clareza e que possamos constituir a repactuação do banco com a defesa do desenvolvimento do país”, disse Daniel Gaio, representante da CUT e ex-diretor da Fenae.

A deputada Erika Kokay lembrou que a Caixa atende os mais carentes nos diversos recantos do Brasil, algo que nenhum outro banco faz. “Os nossos bancos estão sendo precificados, há um conluio desse governo atual com um candidato, querendo coloca-la à venda. O Ministério do Planejamento já está trabalhando a mando de Paulo Guedes para aprofundar a crueldade com o patrimônio público e com o povo brasileiro”, apontou.

Chico Vigilante recordou o quase desmantelamento da Caixa e a desvalorização dos empregados, ocorridos na década de 1990. “Hoje temos mecanismos de direita muito piores do que os que ocorreram no governo Collor e no governo do PSDB. As pessoas não têm a noção exata do que pode ocorrer na política, o desemprego que pode abater esse país, com a perseguição de pessoas e a destruição do capital nacional”, frisou.

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