Em artigo intitulado “Equacionamento: causas e soluções”, o presidente da Associação dos Gerentes da Caixa Econômica Federal – Agecef/BH e membro da Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa Econômica Federal – Fenag, Rogério Vida Gomes ressalta que o conhecimento mais aprofundado sobre previdência complementar é a chave para uma participação mais efetiva nos assuntos que envolvem a Fundação dos Economiários Federais (Funcef).
“Após um bom tempo trabalhando e convivendo neste ambiente de previdência, sabemos que na correria do dia a dia as pessoas não têm tempo para se dedicar a um assunto tão importante que é a Funcef, que mexe com as nossas vidas, com as vidas das nossas famílias e as dos nossos colegas. Envolve um grupo muito grande que precisa ter um pouco mais de conhecimento e fazer disso uma participação maior no processo de envolvimento com a nossa Fundação”, enfatizou Rogério.
No artigo, Rogério discorre sobre as causas e as soluções para o equacionamento, um tema que gera muitos questionamentos entre os participantes da Fundação. Segundo ele, ao longo de anos, déficits foram sendo acumulados e, em dado momento, por determinação legal, foram equacionados. E entre as principais causas para chegarmos nesta situação estão uma série de medidas prudenciais, como exemplo, a redução da taxa de juros da meta atuarial que, normalmente, geram impactos negativos nas reservas matemáticas dos planos de previdência.
Além disso, Rogério discorre sobre o controverso Contencioso Judicial gerado pela Patrocinadora, as ações trabalhistas na Justiça contra a Caixa que, ao término, sendo vitorioso o trabalhador, impactaram nos planos da Funcef, em função das correções da aposentadoria, sem a contrapartida da constituição da reserva matemática necessária a esta atualização. De acordo com o dirigente é urgente que se busque um ajuste junto à patrocinadora, uma vez que esta conta deveria ser quitada por quem deu causa.
Ao finalizar seu artigo, Rogério destacou que há como reverter a situação gerando superávit. E tudo depende de um acompanhamento rigoroso, buscando sempre ajustes no plano de investimentos e diversificação nas aplicações.
“Mas, isso não acontecerá da noite para o dia, pois o contexto macroeconômico atual é complexo, contudo pode-se minimizar a situação difícil vivida por todos, sobretudo pelo aposentado, através da aplicação da Resolução CNPC 30, a partir de estudos pela Funcef. Nestes estudos, comprovada a solvência nos planos, permite-se a extensão do prazo para pagamento do equacionamento, em consequência, haverá a redução da parcela paga mensalmente”, explicou.
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