Em sua décima primeira edição, o programa “Debatendo Funcef em 15 minutos” destacou as contradições do processo eleitoral da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) 2020. Com o tema “2020 Eleições na Funcef encerrada sem vencedores”, o programa contou com a mediação de Nilson Moura, diretor Sociocultural da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e membro da Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (Fenag) e a participação da vice-presidente Sul da Fenag, membro eleita do Conselho de Usuários do Saúde Caixa e integrante do Grupo de Trabalho do plano, Marilde Perín Zarpellon.
Ao falar sobre a retomada do processo eleitoral da Funcef, em maio de 2021, Nilson lembrou os verdadeiros motivos pelos quais o processo eleitoral não ocorreu em 2020. “As eleições não ocorreram porque a Funcef entendeu que havia ‘conflito de interesses’ dos candidatos das duas chapas inscritas. E este ‘conflito de interesses’ se referia às ações trabalhistas que as pessoas tinham contra a patrocinadora Caixa. Vale destacar que esta alegação é inconstitucional, porque a própria Constituição prevê que as pessoas podem e devem reivindicar seus direitos trabalhistas quando se sentem lesadas. E estas pessoas se sentiram lesadas pela patrocinadora Caixa e não pela Funcef. E ainda mais, o ‘conflito de interesse’ também não tem sustentação legal, pois não consta no estatuto da Fundação”, apontou Nilson no debate.
Segundo Marilde este processo teve muitas contradições. Ao concordar com Nilson, a dirigente ressaltou que as duas chapas inscritas foram impugnadas por uma alegação que não fazia parte do estatuto da Funcef. “Nós, enquanto funcionários da Caixa, lutamos pelos nossos direitos e não estamos em ‘conflitos’ com a Fundação. Essa situação é muito grave. Haja vista que a retomada do processo eleitoral está ocorrendo com mudança no estatuto, inclusive”, disse Marilde. Para ela é preciso atualizar os participantes e lembrar que não ouve ganhadores no processo eleitoral anterior para iniciar um novo processo eleitoral justo.
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