Alunos do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Belágua (MA) têm mais um motivo para não sair da escola. O Movimento Solidário, Programa de Responsabilidade Social da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e das Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs), doou 15 novos computadores que ampliarão a capacidade de acesso digital em duas instituições de ensino: Escola Municipal Eliezer Moreira e na Unidade Integrada Rosalina Costa. Para que toda a comunidade possa se beneficiar, os dois telecentros estarão abertos para o uso até daqueles que não estão matriculados nas escolas.
Belágua fica a pouco mais de 280 quilômetros da capital maranhense São Luís. Há quatro anos, o Movimento Solidário vem atuando no munícipio e transformando a dura realidade dos moradores. Além de terem acesso aos computadores, os belaguenses também terão oficinas de inclusão digital com aulas de Word, Excel, acesso à Internet e outras tecnologias.
“Para gente é muito importante oferecer, de forma gratuita, as oficinas e proporcionar um espaço que irá trazer novas descobertas e possibilidades para as pessoas. Porque é muito injusto, enquanto o país todo está ligado à várias tecnologias, uma cidade não poder ter esse acesso. É de direito da comunidade”, destacou a coordenadora do Movimento Solidário e a analista de Responsabilidade Social do Instituto Fenae, Denise Alencar.
Para o prefeito da Belágua, Herlon Costa, as ações do projeto trazem um benefício inestimado as comunidades. “Quando assumi a prefeitura em 2017 o trabalho da Fenae já existia e nós estamos ajudando da forma que podemos. Temos uma demanda reprimida muito grande. Estas ações da Fenae são benefícios de suma importância para nosso município”, afirmou.
Com o apoio dos computadores, os alunos agora terão uma importante ferramenta de estudos. A secretária de educação do munícipio, Maria Vilma Gomes Souza, destacou a oportunidade que os estudantes terão para aprimorar os estudos. “O telecentro vai servir para auxiliar na educação de Belágua. Nós estamos de braços abertos para essa oportunidade que os nossos jovens terão ao usar esses computadores”, reforçou.
O caminho da tecnologia
Como parte da política sustentável da área de Tecnologia da Informação (TI) da Fenae, os computadores que foram trocados deveriam ser descartados de forma correta para não gerar prejuízo ambiental. A TI verde é um braço do Plano de Governança da Tecnologia da Informação (PGTI) da Federação. Com a parceria com a ONG Programando o Futuro, as máquinas foram recuperadas e reformadas prontas para o uso e com garantia de dois anos.
A ONG fica em Valparaíso de Goiás e com as doações consegue promover 29 empregos diretos, capacitação para 800 alunos e estágio remunerado para 60 alunos. “A gente trabalha muito com o impacto social. Quando vocês apostam no nosso projeto e destinam os equipamentos, vocês geram todo esse impacto. Além do grande resultado para o público final que é a entidade que recebe os computadores”, explicou o coordenador geral do Programando o Futuro, Vilmar Nascimento.
Um dos estagiários da Programando o Futuro que preparou as máquinas foi o Pedro Henrique. Segundo ele, é uma emoção participar de um projeto de transforma tantas vidas. “O que eu sinto de importante é que vai servir de ensinamento de outras pessoas. Estou fazendo um trabalho importante e que ele vai servir para outras áreas, para outras pessoas se inspirarem nesse material, estudarem através dele”, contou emocionado.