O Comitê Gestor avalia positivamente os primeiros resultados das ações de desenvolvimento sustentável em comunidades em situação de vulnerabilidade que se localizam no entorno das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcefs), resultado da parceria da Fenae com a ONG Moradia e Cidadania. Os projetos, iniciados em maio de 2021 e com prazo de execução até julho de 2022, brotam no solo fértil da segurança alimentar, da educação complementar e da geração de renda, pavimentando assim o caminho da inclusão social.

Em um primeiro momento, os 12 projetos selecionados foram apresentados pelas Apcefs e coordenações da Moradia e Cidadania de diversos estados.  São oito hortas comunitárias, distribuídas pela Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e por São Paulo, enquanto os quatro de reforço escolar estão sendo executados pelas associações do Amazonas, Paraná, Piauí e do Rio de Janeiro. Nas comunidades que ficam no entorno das Apcefs, as ações são desenvolvidas em conformidade com três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU: 1 (erradicação da pobreza), 2 (Fome Zero e agricultura sustentável) e 3 (educação de qualidade).

Os resultados registrados até o momento são de projetos em conclusão e outros em andamento, incluindo os saberes resultantes do processo de acompanhamento. Das 12 propostas selecionadas, a da Apcef/AM, que se refere a uma ação executada na área de reforço escolar e voltada a mais de 50 crianças e adolescentes de comunidades ribeirinhas do Amazonas, é a que se apresenta como finalizada e com menor prazo de execução. Há casos de associações que apresentaram reprogramações e outras com as prestações de contas em andamento.

Na avaliação do Comitê Gestor, que esteve reunido recentemente, os projetos da parceria da Fenae e das Apcefs com a ONG Moradia e Cidadania vêm atingindo satisfatoriamente tanto o objetivo geral quanto os específicos, previstos em edital. A aproximação dos representantes das Apcefs com os moradores das comunidades beneficiadas é apontada como fator preponderante para os resultados positivos.

Ao todo, até agora, são 540 beneficiários diretos e 2.183 indiretos. O grupo diretamente beneficiado é formado por crianças que participam das aulas de reforço escolar e por pessoas que trabalham e se capacitam nas hortas. Os indiretos fazem parte das famílias dos contemplados pelas ações. “Cada projeto registra uma realidade distinta com oportunidades e dificuldades igualmente distintas, com alguns caminhando sem muitos atropelos e outros precisando de maior apoio. Muitos frutos positivos ainda serão colhidos até a conclusão dos projetos selecionados, estando a maioria na metade do período previsto, que é de 12 meses”, analisa Lourdes Barboza da Silva, que integra o Comitê Gestor dos projetos da parceria da Fenae e das Apcefs com a ONG Moradia e Cidadania.

Promoção do bem-estar

Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), pondera que o objetivo maior dos 12 projetos selecionados para ações sociais das Apcefs e da ONG Moradia e Cidadania é promover mudanças pontuais e transformações estruturais nas comunidades em situação de vulnerabilidade Brasil afora. “Os empregados da Caixa são solidários, conhecem as dificuldades das famílias de baixa renda e se dispõem a oferecer estruturas para a realização de projetos sociais, que vão gerar oportunidades para as famílias de comunidades do entorno dos clubes das Apcefs”, observa. Ele lembra que iniciativas como a da parceria Fenae/ONG possibilitam a prática do saber e do fazer coletivos.

O presidente da Fenae acrescenta que faz parte da história de 50 anos da entidade representativa levar, ao mesmo tempo e de maneira articulada, a promoção do bem-estar para os empregados da Caixa e para a população. Ele recorda que a parceria com as Apcefs e com a ONG Moradia e Cidadania fortalece o compromisso da Fenae com uma sociedade mais justa, democrática, solidária e inclusiva.

Jerry Fiusa dos Santos, integrante do Comitê Gestor e diretor da Região Norte da Fenae, destaca a relevância dos 12 projetos selecionados. “O trabalho vem sendo desenvolvido no formato de parceria e isto reflete a referência positiva da capacidade organizativa das entidades representativas do movimento dos empregados da Caixa”, diz. Segundo ele, um dos legados traduz-se na aproximação dos associados das Apcefs e comunidades das regiões contempladas, com ações para gerar alimentos, conhecimentos e estimular a geração de renda e a formação da cultura da sustentabilidade.

Outra integrante do Comitê Gestor é Denise Viana Alencar, que atua também como analista de Responsabilidade Social do Instituto Fenae. Ela afirma que, muitas vezes, as dificuldades existentes tornam-se experiências de aprendizado ao longo do processo, com muita vontade de superá-las pelos envolvidos. “Por outro lado, visando a execução de todos os projetos selecionados, o Comitê Gestor permanece disponível para aprender e auxiliar naquilo que for preciso”, reitera.

Para Denise Viana, a forma de trabalho, a criação de ferramentas de acompanhamento e os materiais utilizados são um ganho para as entidades representativas e chamam a atenção para a força da atuação coletiva e solidária. A analista de Responsabilidade Social conclui: “Todas essas questões, combinadas, poderão no futuro subsidiar outros editais e execuções”.

Inclusão social dos assistidos

O Comitê Gestor esclarece que o trabalho em parceria permite que muitas outras entidades, a exemplo de sindicatos e associações de aposentados, sejam contempladas na indicação de projetos/comunidades ou na busca por facilitar a participação de associados em oficinas e outras iniciativas. Essa situação, conforme consta em experiências anteriores, favorece ainda mais a inclusão social dos assistidos.

É fato ainda que muitos empregados da Caixa, sejam da ativa ou aposentados, têm manifestado o desejo de exercer o trabalho voluntário. É isso, inclusive, o que já vem ocorrendo nos locais onde as propostas apresentadas pelas coordenações estaduais da ONG Moradia e Cidadania foram selecionadas. Para Lourdes Barbosa, a construção de ferramentas de acompanhamento e avaliação em conjunto com os selecionados e a conversa/negociação constante, combinadas com as palestras interativas oferecidas pela parceria com a Rede do Conhecimento, plataforma de educação da Fenae e das Apcefs, são aspectos que devem ser destacados. 

 

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