Uma aula virtual iniciou na última quinta-feira, 16, uma série de troca de experiências e conhecimentos que a Fenae, por meio da Rede do Conhecimento, pretende levar aos responsáveis por 12 projetos de desenvolvimento sustentável em comunidades carentes nas proximidades das Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs). São oito projetos de hortas comunitárias e quatro de reforço escolar aprovados pelo Comitê Gestor da Fenae e da ONG Moradia e Cidadania dos Empregados da Caixa, para implementação nos estados do Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Na primeira aula, a agrônoma Julcéia Camilo, doutora em produção sustentável pela UnB (Universidade de Brasíia), mostrou de maneira clara e sucinta as diferenças entre agriculturas orgânicas e agroecológicas, como preparar o terreno, a importância de escolha das sementes, da análise do solo, do clima e da região para decidir o que plantar e estratégias de adubação e combate às pragas. Ao final da aula, ela apresentou uma vasta bibliografia sobre o assunto.   

“Tem um ditado que diz que o olho do dono que engorda o boi, na horta também é assim, é atenção constante pois na produção sustentável ou orgânica você tem que observar todos os dias, para agir não de forma convencional, combatendo a doença, mas sim evitando a ocorrência com a nutrição e o manejo correto”, alertou ela, chamando atenção também para a importância do sol em abundância e de água de acordo com as necessidade de cada hortaliça, fundamentais para o cultivo rentável de uma horta comunitária.

“Como já disse, está no DNA da Fenae o incentivo à participação cidadã dos empregados da Caixa em ações para impactar positivamente as comunidades mais carentes e as camadas mais desfavorecidas da sociedade e essa iniciativa é mais uma ação nesse sentido, salientou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

O presidente da ONG Moradia e Cidadania, Laurêncio Körbes, saudou a iniciativa da Fenae e da Rede do Conhecimento: “é sempre bom termos mais conhecimento para fazermos a gestão desses projetos e contribuir para transformar comunidades, levando segurança alimentar a elas”, salientou. 

Jerry Fiusa, diretor da Região Norte da Fenae e coordenador da ONG Moradia e Cidadania adianta que outros encontros irão ocorrer e lembrou que na Rede do Conhecimento há um curso mais aprofundado sobre o assunto, que pode ser acessado no site da plataforma, www.fenae.org.br/rededoconhecimento.  “Sinto orgulho do que está acontecendo, tantas pessoas participando, interessadas no coletivo, buscando aprendizado e se apoiando uma nas outras para fazer do mundo um lugar melhor para se viver”, ressaltou ele.

Ao final a consultora da Fenae em Belágua e que acompanha a implantação de hortas comunitárias no município maranhense atendido pelo Movimento Solidário, Fátima Carvalho falou sobre sua experiência e os desafios de unir as mulheres das comunidades: “Foi um trabalho de formiguinha, muitas delas são analfabetas, mas hoje é gratificante chegar nas comunidades distantes e ouvir delas ‘hoje vendi 10 quilos de verduras’ e que as famílias estão se alimentando melhor. É possível, mesmo em locais arenosos como em Belágua, é só saber manejar, por isso é muito importante o conhecimento”, afirmou. 

 

Compartilhe: