O papel dos bancos públicos na pandemia, a defesa da Caixa e do Banco do Brasil frente aos ataques do governo Bolsonaro, o teletrabalho e informações sobre o canal de denúncias para as bancárias vítimas de violência. Estes são os assuntos que serão abordados pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e o Sindicato dos Bancários de São Paulo (Seeb/SP) no Fórum Social Mundial 2021.

Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, o Fórum Social Mundial é uma força da democracia contra o avanço da extrema direita no mundo e, neste momento de pandemia, do aumento das desigualdades e da retirada de direitos, o encontro é essencial para debater assuntos relevantes para a sociedade e para a categoria bancária.

“Nós vamos debater assuntos de extrema importância não só para os bancários mas para a sociedade. E é uma oportunidade para representantes do mundo inteiro conhecerem as nossas lutas contra este governo que não tem o olhar para o social e que, nesta pandemia, colocou os interesses econômicos acima da saúde e da vida dos brasileiros”, opinou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Além de Takemoto, a Federação será representada pelos diretores Rachel Weber (diretora de Políticas Sociais) e Dionísio Siqueira (Região Sudeste), e pela conselheira fiscal e representante dos empregados, Rita Serrano. As oficinas terão parceria com outras entidades como a Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a UNI Américas Finanças.

Rita Serrano avalia que o Fórum cumpre um importante papel em globalizar as demandas sociais e a visão de uma sociedade mais justa.  Ela lembra que o evento já tirou uma série de ações concretas em defesa do meio ambiente, de condições de vida digna, e contra o processo de desmantelamento no Estado que acontece no Brasil e no mundo.

“Nós teremos um painel para discutir a situação dos bancos, em especial o papel dos bancos públicos para o desenvolvimento do Brasil. E também o papel desses bancos para possibilitar a melhoria na qualidade de vida da população do Brasil e do mundo”, disse. “Também vamos falar sobre o papel extraordinário que a Caixa desempenhou ao atender milhões de brasileiros e que foi fundamental para garantir direitos a esta população, mas que infelizmente, neste governo, está sob risco por conta dos interesses de privatização e desmantelamento das empresas públicas.

O diretor da Fenae e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Dionísio Reis, destaca o Fórum como principal contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que ocorre no mesmo período em Davos, na Suíça. “O Fórum Econômico discute apenas uma perspectiva, que é o enriquecimento dos grandes conglomerados capitalistas. Não tem essa diversidade [como no FSM] de discussão e de enfrentamento que deve ser feito para a gente avançar como sociedade”, declarou.

Confira a programação:

28/1 (quinta-feira), a partir das 15h –  Debate “O teletrabalho e a aceleração das transformações tecnológicas nos bancos no Brasil”, realizado pela Contraf/CUT, Seeb/SP e Dieese. As entidades vão falar sobre uma pesquisa nacional com 8.560 bancários e bancárias de todos os estados da Federação, que estão trabalhando ou já trabalharam em regime de home office. O objetivo da pesquisa foi conhecer as condições de trabalho da categoria no teletrabalho.

28 de janeiro (quinta-feira), a partir das 17h – Oficina “Defesa da Caixa e do Banco do Brasil frente aos ataques neoliberais do governo Bolsonaro”, realizada pela Fenae, em parceria com a Contraf/CUT e o Seeb/SP. A oficina vai explicar os ataques do gocerno Bolsonaro as tentativas de privatização sofridas pelos bancos públicos mesmo num momento em que Caixa e Banco do Brasil se mostraram imprescindíveis para ajudar a sociedade a enfrentar a crise da pandemia.

29/1 (sexta-feira), a partir das 15h – Oficina ‘Basta! Não irão nos calar!”.  O Seeb/SP fará uma apresentação sobre o canal de denúncias para as bancárias vítimas de violência, conforme acordo assinado em março deste ano e incorporado às Cláusulas 48 a 54 da Convenção Coletiva de Trabalho 2020-2022, importantes conquistas para as mulheres bancárias se sentirem seguras e protegidas. 

29/1 (sexta-feira), a partir das 17h  – Oficina “O papel dos bancos públicos na retomada econômica e social pós-pandemia”, também organizada pela Fenae, Contraf/CUT, Seeb/SP e UNI Américas Finanças. A oficina vai debater a importância dos bancos públicos para sair da crise e do Estado e de um modelo político, econômico, social e cultural que intervenha para equilibrar as desigualdades.

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