Edição: 90
Algumas das tarifas de serviços públicos deixaram distante a inflação de 8,97% acumulada no período de setembro de 2015 a agosto de 2016, segundo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É o caso de água e esgotos, etanol e gás de botijão de 13 kg, o chamado gás de cozinha. Aliás, 85% das vendas de botijões no país estão sob o domínio de apenas quatro companhias: Ultragaz (23%), Liquigás (21,9%), Supergasbrás (20,5%), Nacional Gás (19,3%). A Liquigás, empresa pertencente à Petrobrás, está na fila de privatização. Candidatas à compra? As outras três que dividem o mercado. Em breve, monopólio mais acentuado. Consumidores preparem-se.

Cesta básica em alta

O valor da cesta básica, segundo pesquisa de agosto de 2016 do DIEESE, se elevou de forma acentuada em todas os municípios pesquisados, considerando-se acumulado desde janeiro de 2016. A maior variação foi a de Goiânia, 22,51% nesses oito meses. A menor, Florianópolis, R$ 7,79%. A cesta com custo mais elevado é a de São Paulo, R$ 475,11, e que registrou alta de 13,63% neste ano. A de custo mais baixo, Natal, R$ 365,46, elevação de 16,96% no mesmo período. De janeiro a agosto de 2016, a inflação medida pelo IPCA foi de 5,42%.

Salário mínimo necessário

Com base na cesta mais cara, no caso a de São Paulo, o DIEESE calcula o valor do salário mínimo necessário. Para o cálculo considera-se determinação constitucional segundo a qual o valor deve ser suficiente para suprir as despesas da família, formada por dois adultos e duas crianças, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em agosto, esse salário foi de R$ 3.991,40, ou 4,54 vezes o salário-mínimo de R$ 880,00 vigente.

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