Edição: 66
Análise do DIEESE – Rede Bancários indica que o resultado de aplicações em títulos e valores mobiliários das cinco principais instituições financeiras foi muito, mas muito superior em 2015 comparativamente a 2014. Claro, a taxa de juros SELIC é a base desse resultado. Desgraça da economia real, alegria da economia de papéis do Tesouro, sem que se tenha insônia. O Itaú e Santander foram destaque, com variação de modestíssimos 65% e 68,1%!

Trabalhadores na periferia dos custos

Trabalhadores bancários custam pouco. Um banco ganho, em tese, com a diferença entre as taxas de juros na intermediação financeira. Conta simples: um banco empresta dinheiro alheio e ganha pela diferença entre o que paga a seu depositante e o que cobra de seu credor. Mas para cobrir seus custos, bastam apenas as tarifas bancárias. Enfim, o ganho adicional, secundário, é suficiente para pagar sua baratíssima mão de obra. Neste caso, a Caixa é a mais modesta. Com tarifas ela cobriu, em 2015, 96,5% da folha. O Itaú chegou a 164,7%.

E o número de bancários?

O número de bancários segue, diriam os economistas, em uma curva negativamente inclinada. Há menos trabalhadores nos bancos, de forma simples. Em 2015 foram eliminados 10.401 postos de trabalho. Claro, saem salários mais elevados em troca de menor número de admitidos e, além disso, com remuneração menor. O Santander teve saldo positivo, de 715. A Caixa ergue o troféu demissões do ano: 3.309 empregados menos.

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