Por Meire Bicudo – CNB/CUT

Centenas de atividades marcaram o Dia Nacional de Luta da categoria bancária, em 4 de setembro.
Em todo o País foram realizadas paralisações e protestos contra a proposta apresentada pelos banqueiros de 10% de reajuste e um abono de R$ 1.320.
Na avaliação do secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Paulo Stekel, a categoria está entendendo que o sistema financeiro tem lucros esplendorosos, estão no topo das empresas que mais lucram na América latina, mas o mesmo tempo não querem ceder às reivindicações dos bancários. “A categoria está sedando conta do tamanho da rentabilidade sobre o patrimônio dos bancos que gira em torno de 25% e possibilidade que a cada quatro anos se compre um novo banco, o que é um disparate para um país com tantas desigualdades sociais. Por isso, estão indignados e estão se mobilizando” – avaliou.
Para Stekel, as entidades sindicais estão sentindo que não há dificuldade para mobilizar os bancários. “Os banqueiros estão enganados se pensam que não terão de ceder. Terão de refletir muito” – afirmou.
Na sua avaliação, os bancários devem preparar-se para um campanha longa e difícil, uma vez que os banqueiros estão muito intransigentes. “Os bancários terão de fazer muita mobilização para arrancar o índice que reivindicam” – finalizou.
Nova rodada de negociações está prevista para 8 de setembro, segunda-feira, às 15 horas, na capital.

Paralisação na capital

Foram paralisadas das 7 às 11 horas, as matrizes dos bancos ABN Real e Safra, na região da Avenida Paulista, e a unidade do Real na Rua XV de Novembro. Assembléias realizadas nestas concentrações rejeitaram por unanimidade a proposta dos banqueiros e a manutenção do processo de mobilização para pressionar os bancos a atenderem as reivindicações da categoria.

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