Da Agência Fenae
Passado o julgamento do dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalhom (TST), que ocorreu na semana passada, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) vai encaminhar ofício à direção da Caixa Econômica Federal solicitando o imediato pagamento dos dias descontados em outubro. Pela decisão do TST, a Caixa terá de pagar pelos dias parados durante a greve nacional dos bancários, abonando 50% e negociando com o movimento sindical a forma de compensação dos outros 50%.
De acordo com o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados, Plínio Pavão, a Caixa informou que reembolsará os dias descontados indevidamente a partir de 1º de novembro.
Na carta a ser enviada ainda esta semana à direção da empresa, de acordo com Plínio, a CEE-Caixa vai “exigir a imediata reversão do desconto, inclusive com o pagamento da taxa de remuneração de aplicação sobre o valor descontado ou o estorno de eventual cobrança de juros em razão de utilização de limite de cheque especial”.
A CEE-Caixa esteve reunida em 25 de outubro, em Brasília, e, na ocasião, definiu os próximos passos da Campanha Salarial Unificada deste ano, como a manutenção de todos os itens já negociados.
O acordo coletivo negociado com a empresa abrange 47 cláusulas, entre elas o pagamento de participação nos lucros e resultados (PLR) nos moldes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a correção das verbas de natureza salarial e demais benefícios, a cesta-alimentação adicional e itens complementares como conversão de licença-prêmio e Apip, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), reintegração dos empregados demitidos pela RH 008, implantação imediata do novo plano de benefícios da Funcef, alterações no PCS/PCC, concessão de auxílio-alimentação para os aposentados e isonomia para os admitidos após março de 1997.
A Comissão Executiva dos Empregados orienta os empregados para a continuidade da mobilização nas unidades e agências, de modo a pressionar a direção da Caixa a manter as cláusulas negociadas anteriormente. “O TST decidiu pelo abono, mas a campanha salarial de 2004 ainda não acabou. Temos de lutar para não perdermos nenhuma conquista” – alertou Plínio Pavão.