Nos últimos dias de agosto aconteceram três rodadas de negociação. No dia 29 houve a primeira reunião da Campanha Nacional dos Bancários, envolvendo representantes do Comando Nacional da categoria e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), e a Comissão de Negociação da Caixa Econômica Federal para tratar de temas específicos ocorreu no dia 30.
E, ainda, na manhã da quarta-feira, dia 31, aconteceu uma reunião de negociação exclusiva sobre o Plano de Cargos e Salários/Plano de Cargos Comissionados (PCS/PCC), entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociação da Caixa.
Confira o resultado de cada um dos encontros:
• Campanha Nacional dos Bancários
Realizada no dia 29, na capital, a primeira rodada de negociações da Campanha Nacional dos Bancários assegurou a data-base em 1º de setembro e estendeu a manutenção das cláusulas da última Convenção Coletiva Nacional para até o fim das atuais negociações.
No encontro com os banqueiros, os bancários reafirmaram que o acordo coletivo vale para bancos públicos e privados, bem como para todos os setores que trabalham no sistema financeiro.
O coordenador de negociação da Fenaban, Magnus Apostólico, mostrou preocupação com a campanha unificada, argumentando que, no ano passado, a campanha salarial foi cara e tumultuada. Vagner Freitas, representando os empregados, contestou os argumentos e deixou claro que não houve tumulto, mas uma greve democrática que fortaleceu a categoria.
A próxima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban foi agendada para 6 de setembro, terça-feira, em São Paulo, quando serão discutidas cláusulas econômicas, sociais e sindicais.
• Negociações específicas na Caixa
No dia 30, em Brasília, ocorreu a primeira rodada de negociação para tratar de temas específicos da campanha salarial na Caixa. As negociações são concomitantes às realizadas na mesa geral com a Fenaban.
Os representantes dos bancários obtiveram a garantia de prorrogação das cláusulas do acordo coletivo em vigor até 30 de setembro. Se até essa data não for fechado o novo acordo, o assunto voltará a ser abordado.
O Comando Nacional dos Bancários apresentou como temas a serem discutidos: PCS/PCC, jornada de seis horas, isonomia aos técnicos bancários, questões dos aposentados, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), metas, assédio moral e cláusulas sindicais.
A discussão do PCS/PCC foi remetida para a reunião exclusiva (veja a seguir).
Para os demais itens, ainda não houve acordo. O próximo encontro para negociações específicas está marcado para 15 de setembro, quinta-feira, em Brasília.
• Comando debate PCS/PCC
No dia 31, em Brasília, ocorreu a reunião de negociação exclusiva sobre PCS/PCC.
Os representantes dos trabalhadores detalharam os 20 itens da pauta de reivindicações específicas relacionados ao tema.
Diante do argumento da empresa de que a discussão global do PCS/PCC está prejudicada, entre outras coisas, pela relação do tema com a necessidade de definições do novo plano de benefícios da Funcef, os representantes do empregados cobraram soluções para os problemas que afetam alguns segmentos e que não estão relacionados a outras questões, tais como enquadramento dos tesoureiros no nível TA6, nivelamento dos salários dos supervisores de retaguarda ao de gerente de relacionamento (GA3), promoção dos técnicos sociais, entre outras.
Os debates devem continuar também no dia 15, quando está marcada uma rodada de negociação específica entre o Comando Nacional e a direção da Caixa.