Da Agência Fenae

Em 12 de julho, em Brasília, às 19 horas, o Coletivo de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) divulga o resultado completo da pesquisa nacional “Assédio moral no trabalho: impactos sobre a saúde dos bancários e sua relação com gênero e raça”. A pesquisa foi promovida pelos sindicatos de bancários de todo o País, sendo coordenada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco em parceria com o Fundo pela Igualdade de Gênero (FIG), da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (Cida).
O levantamento, realizado em 25 Estados, conclui que mais de 40% dos bancários sofrem agressões morais no trabalho e 30,52% se dizem estressados. A pesquisa ouviu 2.609 profissionais e abrangeu 28 diferentes bancos públicos (48,14%) e privados (51,86%).
Os males provocados pelo assédio moral refletem-se na saúde de 60,72% dos trabalhadores, que se sentem nervosos, tensos ou preocupados e são vítimas de cansaço, tristeza, insônia e dores de cabeça. Alguns fatores foram apontados como causadores dessas situações constrangedoras: falta de pessoal, carga excessiva da jornada, competição entre as pessoas e não-respeito aos horários.
A pesquisa abrangeu dois níveis de faixas etárias: 25 a 34 anos e 35 a 45 anos. Os números revelam ainda que, nos bancos privados, a média de ocorrências é de 1.620 contra 1.053 nas instituições públicas. Mulheres, homossexuais e bissexuais são as maiores vítimas.

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