Da Agência Fenae
Por unanimidade, as assembléias de bancários realizadas no dia 13 à noite em todas as bases sindicais vinculadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado na terça-feira, dia 14 de outubro. Ontem mais de 5 mil agências de todos os bancos (públicos e privados) continuaram paradas, apesar da truculência das instituições financeiras com pedido de interdito proibitório e das ameaças aos trabalhadores, para impedir o direito constitucional de greve. Vários sindicatos, no entanto, estão conseguindo derrubar judicialmente os interditos proibitórios.
Por orientação do Comando Nacional dos Bancários, que se reúne amanhã (quarta-feira – dia 15 de outubro), em São Paulo (SP), a paralisação fica mantida até que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresente uma proposta que contemple as reivindicações da categoria bancária. Para Vagner Freitas, coordenador do Comando Nacional e presidente da Contraf/CUT, “ a greve continuará forte e coesa no Brasil inteiro, numa demonstração de que os bancários exigem aumento real de salário, PLR maior e valorização dos pisos salariais”.
A greve por tempo indeterminado se mantém
forte e unificada nas seguintes bases sindicais:
Acre, ABC Paulista (SP), Alagoas, Alegrete (RS), Amapá, Amazonas, Andradina (SP), Apucarana (PR), Arapoti (PR), Araçatuba (SP), Araraquara (SP), Araranguá (SC), Assis (SP), Bagé (RS), Baixada Fluminense (RJ), Barretos (SP), Bauru (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cachoeira do Sul (RS), Campina Grande (PB), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Campo Mourão (PR), Camaquã (RS), Carazinho (RS), Cariri (CE), Catanduva (SP), Caxias do Sul (RS), Cruz Alta (RS), Chapecó (SC), Concórdia (SC), Cornélio Procópio (PR), Criciúma (SC), Curitiba, Cuiabá (MT), Dourados (MS), Erechim (RS), Espírito Santo, Extremo Sul (BA), Feira de Santana (BA), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Franca (SP), Guarulhos (SP), Goiás, Horizontina (RS), Ijuí (RS), Ipatinga (MG), Irecê (BA), Itabuna (BA), Itajaí (SC), Itaperuna (RJ), Jaboticabal (SP), Jacobina (BA), Jaú (SP), Jequié (BA), Joaçaba (SC), João Pessoa (PB), Jundiaí (SP), Lajeado (RS), Limeira (SP), Londrina (PR), Litoral Norte (RS), Livramento (RS), Marília (SP), Maranhão, Mogi das Cruzes (SP), Montes Claros (MG), Naviraí (MS), Niterói (RJ), Novo Hamburgo (RS), Oeste Catarinense (SC), Pará, Paranavaí (PR), Passo Fundo (RS), Patos de Minas (MG), Pelotas (RS), Pernambuco, Petrópolis (RJ), Piauí, Porto Alegre (RS), Presidente Prudente (SP), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande (RS), Rio Grande do Norte, Rondônia, Rondonópolis (MT), Rio Pardo (RS), Rosário do Sul (RS), Salvador (BA), Santo Ângelo (RS), São Borja (RS), Santa Cruz do Sul (RS), São Leopoldo (RS), São Luiz Gonzaga (RS), São José dos Campos (SP), São José do Rio Preto (SP), Santa Maria (RS), São Miguel do Oeste (SC), Santa Rosa (RS), São Paulo (SP), Sergipe, Sorocaba (SP), Sul Fluminense (RJ), Taubaté (SP), Teófilo Otoni (MG), Teresópolis (RJ), Tocantins, Uberaba (MG), Umuarama (PR), Vacaria (RS), Vale do Araranguá (PR), Vale do Caí (RS), Vale do Paranhana (RS), Videira (SC), Vitória da Conquista (BA) e Zona da Mata e Sul de Minas (MG).
• Audiência de conciliação: Contraf/CUT protesta
contra interferência da Justiça do Trabalho
Acontece nesta terça-feira (14 de outubro), em São Paulo, por iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), que entrou com pedido de dissídio coletivo, audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP) entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. Os bancários estão programando manifestação em frente à sede do TRT/SP durante a reunião, que começará às 14h.
Vagner Freitas explica a posição da Contraf/CUT: “Para atender a essa convocação, os bancários vão participar da audiência de conciliação, mas é preciso deixar claro que a Contraf/CUT, por princípio, é contrária à interferência da Justiça do Trabalho nos conflitos entre capital e trabalho”. Para ele, “a disputa entre trabalhadores e empresas deve ser resolvida em mesa de negociações, sem interferência do Estado.”