Fonte: Fenae Net

Teve início no dia 4, em Maceió, a reunião do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae, composto dos presidentes de todas as Apcefs. Foram discutidos os seguintes assuntos: previsão orçamentária para 2009, repasse para as Apcefs, Funcef, avaliação da campanha salarial de 2008 e do processo de negociações permanentes.

A previsão orçamentária para o ano de 2009 foi apresentada pelo diretor de Administração e Finanças da Fenae, Jair Pedro Ferreira. Será dada prioridade para as ações conjuntas entre a Fenae e as Apcefs, nas áreas de lazer, esporte e cultura. Uma das novidades é intensificar o relacionamento com os aposentados. Será dada continuidade à campanha de repasse às Apcefs. O orçammento foi aprovado por unanimidade.

O diretor de Investimentos da Funcef, Demósthenes Marques, apresentou um panorama da crise econômica provocada pela bolha imobiliária americana e seus impactos no Brasil e nos fundos de pensão. Ele defende que o Brasil está reagindo bem ao dar continuidade aos investimentos públicos de longo prazo, como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e acredita que a situação estaria bem pior se o país tivesse adotado uma política de Estado mínimo.

Em relação à carreira de investimentos da Funcef, Demósthenes Marques projeta: “A nossa renda fixa tem uma perspectiva de fechar acimar da meta atuarial”. Ele afirma também que a Funcef está segurando os ativos, não está vendendo as ações na baixa com a perspectiva de que o Brasil vai atrair investimentos internacionais até 2011. Portanto, essa carteira pode crescer até lá e a Funcef poderá honrar compromissos sem precisar vender essas ações que estão agora em baixa.

O diretor de Investimentos da fundação lembrou ainda que, apesar da crise, a Funcef apresenta excelentes oportunidades de negócio, como na área de rodovias. Ele defendeu que não dá para desconsiderar a existência da crise, mas se os projetos de crescimento de longo prazo forem mantidos com outras medidas de prudência, é possível superar esse momento econômico.

Campanha salarial e negociação permanente
O CDN da Fenae fez um balanço da campanha salarial deste ano. De acordo com o diretor de Administração e Finanças da Fenae e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Jair Pedro Ferreira, a greve teve altos e baixos. E mais: “Por um lado, a campanha dos bancários foi extremamente positiva, pois alcançou um índice que talvez seja o mais alto e teve o maior índice de aumento proporcionalmente à inflação. Conseguimos reajuste de 10%, quando o índice de inflação foi de 7%”.

O coordenador da CEE/Caixa reconhece: “Tivemos muitos desgastes de relacionamento com a Caixa, com a CI 107/08. A empresa dificultou o encerramento nos dias parados. Quando reivindicávamos a anistia, eles jogaram o prazo para o dia 15 de março para compensar todas as horas”.

O presidente da Fenae, Pedro Eugenio Leite, fez uma reflexão: “A gente continua fazendo o mesmo movimento de greve da década de 80. Hoje, isso é impensável. Uma coisa que nós precisamos fazer é discutir com a categoria o que é greve”. Ele chama atenção para o fato de a greve ser um enfrentamento com quem está na gestão, acrescentando: “Se você entra em greve você está medindo força. E isso tem conseqüência”. Pedro Eugenio defende uma discussão mais aprofundada sobre a greve, com todos os dirigentes sindicais.

A reunião do CDN continuou no dia 5, para tratar de assuntos como Fenae Corretora, Jogos Regionais, Comitê de Responsabilidade Social, Circuito Cultural, análise de conjuntura econômica e programa PAR (Movimento Cultural do Pessoal da Caixa e campanha “Natal para Todos”).

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