Em reunião com dirigentes da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas (Fenacef) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), realizada em 17 de março, a presidenta da Caixa, Maria Fernanda Coelho, afirmou que a empresa quer viabilizar o pagamento do auxílio-alimentação na aposentadoria para quem já estava na empresa antes da data de extin-ção do benefício (8 de fevereiro de 1995), por meio de Comissão de Conciliação Pré-via (CCP).
A justificativa da direção da Caixa para propor a CCP específica é que a mera decisão administrativa se depara com impedimentos legais face à inexistência de provisionamento de recursos. O acordo para pagamento, negociado por meio da CCP, resolveria o assunto sem margem a questionamentos legais.
No encontro, as entidades entregaram um ofício à presidenta da Caixa, sugerindo o prazo máximo de 30 dias para a empresa apresentar proposta de pagamento.
O documento das entidades cobrou, ainda, o cumprimento imediato do compromisso assumido pela empresa na última campanha salarial, de suspender a exigência de recurso por parte dos pensionistas para que tenham assegurado o pagamento do tíquete. A presidenta da Caixa afirmou que o procedimento deixará de existir até o fim deste mês.

○ Custeio do REG/Replan
Na audiência, as representações dos empregados defenderam a proposta de mudança do método de custeio do REG/Replan não-saldado – o de Custo Unitário Projetado (PUC) para o Agregado – a fim de evitar o aumento de contribuição tanto para os participantes do plano como para a patrocinadora.
O método PUC tem como característica o custeio crescente, com nível de contribuição diretamente relacionado à entrada ou não de novos participantes. Como o REG/Replan não recebe mais adesões, a manutenção do PUC, como quer a Cai-xa, faz com que os custos subam vertiginosamente. Já o método Agregado é plenamente recomendado para planos de benefícios já fechados.
Os dirigentes da Caixa mostraram-se dispostos a manter o PUC, mesmo com o aumento pesado de contribuições.
Na avaliação da representação dos empregados, o posicionamento do banco reforça a suspeita de que a empresa pretende retirar o patrocínio ao REG/Replan não-saldado.
Na conversa com a presidenta da Caixa, as entidades representativas dos trabalhadores deixaram claro que utilizarão todos os recursos possíveis para defender os participantes desse plano.

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