Fonte: Contraf-CUT

A greve nacional dos bancários cresceu nesta segunda-feira 28 com mais de 39 mil trabalhadores de braços cruzados e 805 locais de trabalho parados em São Paulo, Osasco e região. Sem qualquer novidade na proposta dos bancos, os funcionários decidiram em assembléia manter a greve por tempo indeterminado nesta terça 29.

Na mesma terça, sexto dia de greve, o Sindicato dos Bancários de São Paulo realiza plenárias organizativas por bancos com início às 17h. Os bancários de bancos privados reúnem-se no Auditório Verde da Quadra e os trabalhadores da Caixa na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé).

Os funcionários do Banco do Brasil fazem plenária no Centro Trasmontano (Rua Tabatinguera, 294, Sé) e os empregados da Nossa Caixa no Auditório Azul do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro).

Nesta quarta-feira 30, os trabalhadores voltam a se reunir em assembleia na Quadra a partir das 17h para definir os rumos do movimento.

O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, explica que o Comando Nacional dos Bancários tentou um novo contato com a Fenaban no sábado 26 para retomar as negociações. A federação dos bancos (Fenaban), em resposta ao oficio, comprometeu-se a marcar uma nova rodada de negociação.

"Os bancários querem muito mais do que um compromisso, exigem que a Fenaban marque definitivamente uma negociação e apresente uma proposta que corresponda ás reivindicações dos trabalhadores", diz Marcolino. "Os bancários não abrem mão de aumento real de salários, PLR maior, proteção ao emprego em caso de fusões, fim do assédio moral e metas abusivas", acrescenta.

Concentrações

Além das agências, permaneceram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado), Unibanco (Patriarca, Boa Vista e CAU, onde funciona parte da tecnologia do banco), Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino e Ipiranga), banco Real (Call Center SP1 e SP2) e as terceirizadas Tivit e Fidelity. No Bradesco Alphaville, onde funciona a área de sistemas do banco, novamente houve paralisação até 10h30.

Superação

No quinto dia de greve, os bancários tiveram de superar a pressão e as ameaças dos bancos para manter o movimento forte. O assédio moral para desmobilizar os trabalhadores foi usado por praticamente todos os bancos que, sem sucesso, passaram a chamar a polícia para reabrir as agências. Na maioria das ocorrências, os bancários resistiram à coação dos bancos e mantiveram a paralisação.

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