Fonte: Contraf-CUT
A Fenaban frustrou as expectativas da categoria e não apresentou proposta na rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo na quinta-feira 1° de outubro, oitavo dia da greve. As negociações foram retomada nesta sexta-feira, dia 2, e a orientação do Comando Nacional é de continuar e ampliar a greve em todo o país até que a Fenaban apresente uma proposta que atenda as reivindicações dos bancários.
A greve nacional dos bancários prosseguiu crescendo e nesta quinta-feira já paralisou 6.944 agências nos 26 Estados e no Distrito Federal, o que representa um aumento de 118 unidades em relação ao dia anterior. Esse crescimento mostra a força da mobilização da categoria, indignada com a proposta rebaixada apresentada pelos banqueiros.
As discussões desta quinta-feira se concentraram na PLR. Os representantes dos bancos continuaram insistindo na fórmula apresentada na última rodada, que reduz os valores da PLR a ser distribuída em relação ao pagamento do ano passado.
"Deixamos claro que uma proposta que reduz a PLR é inaceitável pela categoria, diante da imensa lucratividade dos bancos, e insistimos na fórmula aprovada pela Conferência Nacional dos Bancários, com pagamento de três salários mais R$ 3.850,00", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Também reafirmamos que, além da PLR e do aumento real de salário, a proposta dos bancos tem que atender as demais reivindicações dos bancários, como valorização dos pisos salariais, proteção ao emprego, mais contratações, melhores condições de saúde, de segurança e de trabalho, com implementação de políticas que combatam as metas abusivas e o assédio moral, entre outros."