Em 5 de março, representantes da APCEF/SP – Rafael de Castro e Edvaldo Rodrigues da Silva –, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região – Kardec de Jesus -, da Anacef, da Gipes de Bauru, Campinas e São Paulo e da Gimat de São Paulo reuniram-se com auditores fiscais da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) a fim de prestar esclarecimentos sobre o andamento das medidas de segurança e saúde implantadas nos setores de penhor em todas as unidades da Caixa no Estado de São Paulo.

Durante a reunião, foram discutidos assuntos referentes a problemas de infraestrutura e falta de segurança para a prática das funções diárias dos empregados, como a forma de manuseio dos recipientes que contêm ácido nítrico – considerado um forte agente, a exposição prolongada a ele é capaz de causar doenças no sistema respiratório, erosão nos dentes, problemas de visão, manchas na pele e edema pulmonar -, a utilização de luvas, o funcionamento dos exaustores, a iluminação e o estoque de materiais.

Para tentar solucionar os problemas do manuseio dos materiais químicos, os representantes da Gipes informaram que iniciarão a distribuição de novos kits com frascos menores no início da próxima semana, primeiramente em quatro agências da SR Pinheiros, na capital.

Informaram, ainda, que o fornecedor dos novos kits ficará responsável pelo recolhimento e descarte de todo material vencido e inutilizável. Solicitaram, também, 15 dias para a avaliação dos novos materiais e, caso sejam aprovados, comprometeram-se em padronizar a distribuição em todo o Estado dentro de 90 dias.

Devido às diversas queixas por parte dos empregados de todo o Estado e a partir dos resultados do estudo contratado pelo Sindicato dos Bancários do Ceará – o qual constatou que os equipamentos para exaustão são inadequados para os objetivos propostos -, a empresa informou que realizou a contratação de empresa especializada para efetuar as análises de concentrações de poluentes em todos os ambientes de penhor.

No encontro, os representantes da empresa informaram que não há casos de empregados da área de penhor adoecidos. Em contrapartida, foi estabelecido pela DRT que “não se deve aguardar que um empregado adoeça e que medidas de segurança e proteção à saúde dos empregados devem ser tomadas o quanto antes”. Para o auditor fiscal da DRT, Gianfranco Pampalon, a partir de agora, todos os atestados de saúde ocupacional (ASO) devem conter a informação de que o empregado desta área sofre risco à saúde devido ao manuseio de substâncias químicas.

Também durante esta reunião, os responsáveis pela Gimat informaram que todos os contratos de manutenção predial e de climatização foram renovados.

“Esperamos que a Caixa passe a ter um interesse maior em zelar por seus empregados. Não é de hoje que participamos de reuniões como essa para cobrar da empresa melhorias no setor. Isso acontece desde 2005. Por isso, continuaremos a insistir que a Caixa se adeque aos procedimentos de segurança e ofereça treinamento aos empregados, com o objetivo de evitar problemas sérios de saúde e possíveis acidentes”, afirmou o representante da APCEF/SP, Rafael de Castro, presente à reunião.

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