Entende-se por acordo coletivo, a concordância de ideias entre pessoas.
Todas as categorias de trabalhadores utilizam-se de um acordo coletivo para garantir seus direitos, os quais são discutidos entre empregados e patrões e aprovados por ambas as partes.
Mas esse conceito democrático, tão difundido e usado pela maioria dos trabalhadores, parece não fazer diferença para a diretoria da Caixa, que desrespeita itens assinados por ela mesma em acordos coletivos.
Um exemplo que está em evidência nas unidades – e tem sido causador de muitos questionamentos por parte dos empregados – é a questão que envolve a promoção por merecimento dos trabalhadores.
Pelo Acordo Coletivo de Trabalho assinado pela Caixa em 2008, a promoção por merecimento do ano deve ser paga aos empregados no primeiro dia útil do ano subsequente.
Dentro desse contexto, a direção da empresa deve, aos seus trabalhadores, os valores referentes a 2009, uma vez que não realizou a avaliação no passado e tampouco efetuou o pagamento em janeiro deste ano.
O acordo prevê que a Caixa destine 1% de seu orçamento anual para o pagamento da promoção por merecimento e antiguidade.
• “Tirando o corpo fora”
Na última reunião entre a direção do banco e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), ocorrida em abril, representantes da empresa alegaram falta de dinheiro para o pagamento das promoções por merecimento.
De acordo com o membro da CEE-Caixa, Antonio Luiz Fermino, a representação dos empregados manifestou, na ocasião, total descontentamento com o posicionamento da direção do banco.
“A enrolação por parte da empresa é tanta que, além de acenar com a ideia de não efetuar o pagamento aos empregados, não mostra disposição em definir, junto a entidades representativas dos trabalhadores, as formas de distribuição dos valores”, afirmou Antonio Fermino. “Defendemos a linha de corte como forma de distribuição, pois entendemos que, desta forma, mais empregados serão contemplados. A Caixa discorda”, completou.
O membro da CEE-Caixa informou que o único item de consenso, até o momento, diz respeito aos critérios de avaliação.
“O propósito da mesa de negociação específica é resolver as pendências ao longo do ano e proporcionar, aos trabalhadores, garantia de direitos, independente da campanha salarial. Porém, a direção da Caixa não tem levado a sério o processo de negociação”, disse Antonio Fermino.
Para ele, a mobilização dos empregados será muito importante nesse processo de discussão dos itens específicos. “A promoção por merecimento é um dos itens prioritários da nossa pauta de reivindicações e lutaremos para que nossos direitos sejam garantidos”, finalizou o membro da CEE-Caixa.
Até a tarde de hoje, não havia sido agendada nova reunião entre os representantes da empresa e dos empregados.