Um dos eixos da Campanha Nacional deste ano, definido na 12º Conferência Nacional dos Bancários, em julho, é o emprego.
Nesse contexto, os bancários de todo o País lutarão por mais contratações, pela garantia do emprego e pela qualificação e requalificação profissional.
• Situação na Caixa
Contratação
No caso da Caixa, a luta vai além, pois a contratação de mais empregados foi acordada durante as negociações de 2009 entre a representação da empresa e dos trabalhadores, porém, sem o cumprimento por parte do banco.
A direção da Caixa comprometeu-se a ampliar seu quadro funcional em 5 mil empregados. Contudo, nesse meio tempo, cerca de 2.500 trabalhadores saíram do banco por conta do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) lançado pela empresa.
Conclusão: diante desse quadro, as contratações feitas pelo banco não serviram ao seu propósito, que era o de aumentar o efetivo de empregados para suprir a demanda de trabalho.
“Trocou-se seis por meia dúzia e o déficit de mão de obra nas unidades continua o mesmo, ou seja, os empregados seguem sobrecarregados”, comentou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.
Qualificação profissional
Em relação à qualificação e à requalificação profissional, a política da Caixa não atende todos os empregados, pois não há reciclagem de alguns profissionais da carreira administrativa, como avaliador de penhor, caixa, gerente ou os responsáveis pelo atendimento à pessoa jurídica.
“Os trabalhadores têm de assumir responsabilidades – e são cobrados por elas – sem terem tido, ao menos, um direcionamento por parte da empresa. É um descaso total”, indignou-se Sérgio Takemoto.
Remuneração, carreira e jornada
Como a campanha é unificada, os empregados da Caixa serão contemplados com os índices de reajuste salarial e demais verbas acordados após o término das negociações.
Neste ano, o índice a ser reivindicado, aprovado pelos bancários na 12º Conferência Nacional, será de 11%, composto pela inflação do período mais 5% de aumento real.
A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) reivindicada é de três salários mais R$ 4 mil para cada empregado e o auxílio-refeição, a cesta-alimentação, a 13ª cesta-alimentação e o auxílio-creche/babá, de um salário mínimo cada item.
Contudo, uma luta paralela será travada entre os empregados da Caixa e a direção do banco com o objetivo de conquistar itens específicos, tais como:
– isonomia entre novos e antigos empregados;
– valorização dos salários (piso do Diee- se);
– progressão horizontal em cada cargo/função por tempo de exercício;
– eliminação da possibilidade de nomeação, pelo gestor, de todo e qualquer cargo, utilizando-se sempre do Processo Seletivo Interno ou, no caso do Banco de Oportunidades (Bancop), respeitando-se a classificação;
– não exigência de Saldamento do REG/Replan e da quitação das ações judiciais para migração para a nova estrutura sala-rial;
– jornada de seis horas para todos os empregados, inclusive para os gerentes, sem redução salarial.
“A lista é extensa, contudo, nossa força e união são maiores ainda e, com determinação, sairemos vitoriosos de mais uma campanha nacional. Juntos, conquistaremos mais!”, afirmou Sérgio Takemoto.