Além das diversas dificuldades do dia a dia, como a cobrança por metas, pressão por produtividade e o assédio moral, os empregados do prédio do Brás, na capital, enfrentam problemas, também, na hora das refeições. O que deveria ser um momento de paz e descanso, transformou-se em desconforto e estresse para muitos.
O prédio, que comporta três andares além do subsolo e cerca de 800 funcionários, entre terceirizados e empregados da Caixa, apresenta pouco espaço e infraestrutura inadequada nas copas.
No andar térreo, onde trabalham cerca de 60 funcionários, a copa possui espaço apenas para quatro pessoas sentadas, em uma mesa semelhante àquelas utilizadas para atendimento na agência, além da falta de ventilação. A orientação dada pela RSGPE/SP (antiga Gipes/SP), neste caso, é que os 28 terceirizados desçam ao subsolo para fazer as refeições.
No subsolo, o ambiente também deixa a desejar. O refeitório, com 30 cadeiras, está localizado ao lado do estacionamento, não possui iluminação adequada nem janelas para a circulação de ar, sem contar o encanamento exposto no teto. Empregados relataram, ainda, as dificuldades de dividir um marmiteiro pequeno entre cerca de 150 empregados e as condições precárias dos armários e da geladeira.
Representantes da RSGPE/SP sugeriram o deslocamento desses funcionários para os outros andares, no entanto, a mudança não foi autorizada pela gerência.
Em 26 de agosto, a diretoria da APCEF/SP encaminhou ofício para a RSGPE/SP e a RSLOG/SP (antiga Gimat/SP) cobrando soluções urgentes para os problemas constatados. “Em uma empresa desse porte, é inadmissível que situações como essas façam parte do cotidiano dos empregados. Esperamos que as providências para a melhoria dessas condições sejam tomadas o mais breve possível”, afirmou o diretor- -presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.
À direita, o “refeitório” com quatro lugares no térreo. Ao lado, cerca de 150 empregados têm de fazer suas refeições em um espaço improvisado no subsolo do prédio