Ontem, dia 4, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realizou um balanço desta primeira semana de paralisação e os números não negam: o movimento grevista é muito forte tanto em bancos públicos quanto nos privados e cresce a cada dia em todos os Estados e no Distrito Federal.
Em 29 de setembro, dia do início da greve, 3.864 locais de trabalho do País haviam paralisado suas atividades. Em 4 de outubro, esse número já estava em 6.527, refletindo a indignação dos trabalhadores diante da intransigência e do silêncio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

• Comando envia carta à Fenaban
Nesta segunda-feira, dia 4, o Comando Nacional dos Bancários enviou uma carta ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, repudiando as práticas antissindicais adotadas pelos bancos, como o uso dos interditos proibitórios, e reafirmando a disposição de negociar.
Na correspondência, o Comando Nacional repudia “a maneira pela qual a Federação Nacional dos Bancos vem conduzindo o processo negocial deste ano, caracterizado por evidente descaso com as reivindicações apresentadas pela categoria bancária e uma acentuada prática antissindical”.
Até a manhã de hoje, 5 de outubro, os banqueiros não apresentaram proposta alguma à categoria bancária.

• Greve na Caixa
De acordo com levantamento feito até às 12 horas desta terça-feira, 244 unidades vinculadas às SRs da capital estão fechadas ou funcionando parcialmente.
No interior, a paralisação também está forte nas agências das bases dos Sindicatos. Cerca de 90% das unidades estão em greve.
“Estamos dispostos a negociar. Contudo, o diálogo só será possível diante de uma proposta digna dos banqueiros, que contemple as reivindicações dos bancários: aumento real, PLR e piso maiores, melhores condições de trabalho… sabemos, diante dos lucros exorbitantes dos bancos no primeiro semestre deste ano, que é perfeitamente possível atender às solicitações dos trabalhadores”, afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

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