Todos os sindicatos de bancários do país devem preparar suas delegações para o Encontro Nacional sobre Isonomia na Caixa Econômica Federal, agendado para terça-feira, dia 20 de setembro, em Brasília. Estão previstas para o Encontro atividades na Matriz da Caixa e no Congresso Nacional, das10 às 14 horas.
Os protestos dos empregados visam pressionar a direção da Caixa a estender a isonomia, com a urgência necessária, a todos os bancários que ainda não usufruem desse benefício.
A isonomia de direitos entre novos e antigos empregados pressupõe a extensão da licença-prêmio e do anuênio (ATS), além da normatização dos pontos já conquistados no acordo coletivo de trabalho.
No Congresso Nacional, os empregados da Caixa pretendem reunir-se com os autores do projeto de lei 6.259/2005, deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA) e senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), manifestando apoio a essa iniciativa, que prevê isonomia entre todos os trabalhadores dos bancos públicos federais. Na Câmara, o relator da matéria é o deputado André Vargas (PT/PR).
Concluídos os debates do Encontro Nacional sobre Isonomia, os empregados da Caixa pretendem divulgar uma carta-manifesto para reafirmar que a reivindicação por isonomia nos bancos públicos federais deve acontecer de forma coletiva, a fim de eliminar os obstáculos que travam a sua efetiva conquista.
Histórico da Luta pela ISONOMIA: Na Caixa, as discriminações começaram a partir de 1998, época em que os bancos públicos federais estavam sendo preparados para a privatização pelo governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso.
De 2003 para cá, o movimento nacional dos empregados conseguiu, através de lutas e greves, avançar em alguns pontos como as Apips, o parcelamento do adiantamento de férias, o Saúde Caixa, o Novo Plano da Funcef e a unificação do Plano de Cargos e Salários (PCS). No entanto, ainda falta conquistar o Adicional por Tempo de Serviço (ATS), também conhecido como anuênio, e a licença-prêmio.
Mas, a exemplo do que acontece na Caixa, os trabalhadores dos demais bancos federais – Banco do Brasil, Banco do Nordeste (BNB) e Banco do Amazônia (Basa) –, além de outros órgãos federais, também sofrem discriminações provocadas pela falta de isonomia. Por isso essa luta ter um caráter coletivo para todas as empresas estatais.