Em reunião realizada na sexta-feira, dia 3, na capital – que teve a participação de representantes da APCEF/SP, da Fetec-CUT/SP, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e da Caixa -, o auditor fiscal do trabalho, Gianfranco Pampalon, autuou o banco pelas irregularidades e atrasos no pagamento do vale-transporte aos empregados nos últimos quatro meses, conforme denúncia feita pela Associação à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo, em 27 de julho.
Para ele, não importa se o atraso é decorrente de problemas da empresa terceirizada ou não, o fato é que a Caixa é a responsável direta por conceder o benefício em dia para todos os trabalhadores.
Na reunião, representantes da Caixa informaram que a empresa contratada para o pagamento do vale-transporte teve o contrato rescindido por causa dos sucessivos atrasos na concessão do benefício aos empregados e que uma nova empresa está sendo contratada.
Atendendo ao pedido da APCEF/SP, de garantia de pagamento do vale-transporte em dia, os representantes da Caixa informaram que, em agosto, o crédito será realizado até o quinto dia útil (dia 7, terça-feira), em dinheiro, na conta dos empregados de maneira a atender às necessidades de cada trabalhador. Reforçou que esse procedimento está sendo tomado de forma emergencial, uma vez que o processo de contratação de outra empresa para execução do serviço está em andamento.
No encontro, o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, manifestou sua indignação com o fato de a Caixa "orientar" os empregados atingidos pelo atraso no pagamento a entrar em contato com a terceirizada. “A Caixa pode até terceirizar seus serviços, mas não pode terceirizar sua responsabilidade e imputá-la aos empregados, deixando-os sem saída e solução”, afirmou.
Questionados sobre o porquê de a Caixa não assumir, de vez, a responsabilidade direta pelo pagamento do benefício, representantes da empresa reforçaram o que já havia sido dito pela direção do banco em mesa de negociações permanentes: que há dificuldades operacionais para que isso se concretize.
Brigadistas – outro assunto levantado pela APCEF/SP, que esteve e pauta no encontro, diz respeito ao treinamento de brigadistas pela Gipes/SP.
De acordo com informações da Caixa, também por causa de problemas com a empresa terceirizada para tais fins, os treinamentos não são feitos desde setembro do ano passado, quando o contrato foi rescindido.
Os representantes da Caixa afirmaram que o projeto de substituição por outra empresa deve ser finalizado até o fim de agosto. A partir daí, os novos treinamentos serão retomados assim como os cursos de reciclagem de brigadistas.
Em 2012, apenas os empregados que trabalham em edifícios, os quais possuem outras empresas instaladas, realizaram os exercícios de evacuação dos prédios, em cumprimento às normas dos condomínios em questão.
Os exercícios de abandono nas outras edificações da cidade de São Paulo, ocupados apenas por setores da Caixa, devem ser realizados, de acordo com cronograma entregue pelo banco na reunião, a partir de outubro.
“Acompanharemos o plano de ação apresentado pela Gipes/SP na reunião e ao sinal de qualquer atraso ou irregularidade, entraremos em contato novamente com a auditoria fiscal do trabalho para que providências sejam tomadas”, comentou Sérgio Takemoto.
Fale conosco – em caso de denúncia sobre qualquer tipo de irregularidade na sua unidade, entre em contato com o Departamento Sindical da APCEF/SP. Ligue (11) 3017-8315 ou envie e-mail para sindical@apcefsp.org.br.


Caixa é autuada por atraso no pagamento do vale-transporte

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