Em 25 de outubro, o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto, entregou o relatório do levantamento sobre condições de trabalho e infraestrutura feito pela Associação nas unidades vinculadas à SR Santana ao superintendente da área, Adriano Borges Resende.
O chamado raio X das unidades está sendo realizado pela APCEF em todo o Estado e os resultados devem subsidiar as mesas de negociações permanentes entre a CEE-Caixa e a direção do banco.
SR Santana – entre os principais problemas encontrados nas 43 agências visitadas pela APCEF está o número insuficiente de empregados frente à demanda de serviços.
A sobrecarga de trabalho dos tesoureiros, o espaço inadequado da retaguarda e os problemas de infraestrutura das unidades também são itens recorrentes na esmagadora maioria das unidades visitadas.
Das 43 agências, 18 têm manutenção precária, com problemas sérios visíveis inclusive aos clientes.
Boa parte apresenta infiltrações e vazamentos e há, ainda, unidades com carpetes e pisos soltos ou em péssimo estado.
Outra grave situação encontrada nas agências da SR Santana diz respeito à acessibilidade de pes- soas com mobilidade reduzida.
Das 43 agências visitadas, quase metade (20) não são acessíveis.
Também chama atenção a situação da iluminação de muitas unidades. Nove agências estavam com lâmpadas queimadas, luminárias soltas ou iluminação fraca.
O sistema de refrigeração de 12 agências também apresentava problemas como falta de limpeza ou de regulagem, ventilação insuficiente e até aparelhos quebrados em determinadas unidades.
Ainda foram constatados problemas com mobiliário em diversas agências.
Em relação à segurança, os empregados de algumas unidades comentaram sobre a necessidade de a tesouraria ter um espaço reservado para a realização de seu trabalho.
Também foi verificada, em 16 das 43 agências visitadas, a inexistência de corredores para abastecimento dos terminais de ATM. Alguns empregados comentaram que é necessário passar pelo meio dos clientes para realizar tal trabalho.
Agência Parapuã – em visita à unidade, os diretores da APCEF detectaram uma situação lastimável. A agência, que estava em funcionamento em um novo prédio há menos de 30 dias, ainda não estava com a rede de energia elétrica “a pelno vapor”, ocasionando oscilação do sistema e falta de refrigeração adequada nos ambientes.
O combustível destinado ao funcionamento do gerador do prédio estava acondicionado em um galão do lado de fora da unidade, praticamente na calçada, demonstrando uma falha grave de segurança, que colocava em risco empregados, clientes e transeuntes.
Antes mesmo da apresentação do relatório à SR Santana, a APCEF entrou em contato com a Gilog. No último dia 25, o responsável pelo setor da Caixa informou que a área do gerador já foi isolada e que não apresenta mais risco à segurança do local.
Reunião com a Gilog – em resposta à iniciativa da APCEF, em 17 de outubro, a convite dos gestores da Gilog, representantes da Associação, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e da Fetec-CUT/SP participaram da apresentação de um plano de ação proposto pelo setor da Caixa que visa à manutenção, à limpeza e à organização do local de trabalho.
Pelo novo modelo de manutenção apresentado pela Caixa, o gerente geral da unidade passa a ser o responsável pela organização da unidade.
Na ocasião, o diretor da APCEF Leonardo Quadros entregou ao responsável da Gilog um documento com um levantamento sobre as unidades vinculadas à SR Santana e informou que outros relatórios serão entregues, como os referentes às SRs Bauru, Ipiranga e Sorocaba, os quais estão em fase de finalização de coleta de dados.
“O trabalho que vem sendo realizado pela APCEF em todo o Estado é muito importante no sentido de identificar as condições de trabalho e de infraestrutura das unidades e, sobretudo, de buscar, junto aos setores responsáveis da Caixa, soluções urgentes e definitivas para os problemas encontrados”, afirmou Sérgio Takemoto. “Consideramos positiva a política de abertura de novas agências, uma vez que proporciona mais opções de serviços e atendimento para a população. Contudo, não podemos admitir que as unidades já existentes caiam no esquecimento e funcionem em situações precárias, colocando em risco a saúde de trabalhadores e de clientes”, finalizou.
 

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