Mobilização . Esta é uma das soluções para o problema contra o assédio moral que atinge milhares de bancários e que esteve instalado na agência Monções da Caixa Federal, zona sul da capital.

Após um protesto, em 26 de novembro, que paralisou o local por quatro horas para cobrar reunião com a direção do banco a fim de discutir problemas, o ambiente melhorou na unidade e os empregados estão se sentindo aliviados, resultados de ações conjuntas entre lideranças sindicais e empregados.

De acordo com o diretor da APCEF e do Sindicato Rafael de Castro, o problema enfrentado na agência Monções ilustra a realidade de muitas outras unidades. “Neste caso, os empregados denunciaram. Esse jogo só mudou com a mobilização, mas é necessário que a direção da Caixa mude esse modelo organizacional e reoriente seus empregados. É um modelo defasado de cobranças exacerbadas e sem humanidade”, relata.

Após reuniões e protestos, a direção da Caixa finalmente se comprometeu promover uma adequada gestão com o objetivo de melhorar o ambiente de trabalho.

Para o dirigente sindical, a cobrança por metas abusivas é um dos pontos que incentiva o assédio moral e desencadeia o clima de tensão no local de trabalho. O dirigente alerta que a prática prejudica assediador e assediado. “Não há vencedores ou vencidos nesses casos. No fim, todos os trabalhadores saem perdendo em consequência de práticas desumanas de conhecimento e responsabilidade da direção do banco”.

Rafael salienta que somente atitudes de reorganização que podem ser tomadas pela direção da empresa alterariam esse cenário. “A responsabilidade da orientação de empregados é do banco. Mas os bancários também devem ficar atentos ao seu comportamento, devem denunciar o assédio e procurar amparo na entidade sindical. Afinal, quem deve ser penalizado por isso é o banco”, conclui.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

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