Reunião realizada na sede da APCEF, em 10 de janeiro, tratou, entre outros itens, da terceirização de serviços na Caixa
Em reunião na sede da APCEF, na quinta-feira, 10 de janeiro, os diretores da Associação e dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região estiveram com o diretor do Banco PanAmericano, Maurício Quarezemim, o Superintendente Nacional Suate São Paulo, Hermínio Basso, e os superintendentes das SRs Paulista e Penha, Paulo Galli e Augusto Vilhalba para tratarem de diversos assuntos:
– terceirização – sobre a publicação feita pela APCEF na edição nº 1.020, de 17 de dezembro, do jornal APCEF em Movimento, que questionou a instalação de trabalhadores da Pan Serv, do Banco PanAmericano em agências da Caixa para oferecer serviços do banco público, os representantes envolvidos no projeto disseram que esse trabalho faz parte de um projeto-piloto, elaborado pela Caixa, que tem por objetivo buscar o know-how por meio da expertise do Banco PanAmericano – de venda de veículos e empréstimos consignados – para investir nesse mercado.
Também afirmaram que o projeto prevê expansão para as demais agências da Caixa.
– resolução do Banco Central – o Banco Central já sinalizou, por meio da resolução nº 4.145 (que deverá entrar em vigor em 1º de março), que “é vedada a prestação de serviços por correspondente no recinto de dependências da instituição financeira contratante”. Contudo, a Caixa insiste nessa ação, precarizando o trabalho, contratando pessoas por salários e direitos inferiores aos dos bancários.
Para o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto, a contratação de correspondentes vai “mascarar” o grande problema existente nas unidades, que é a falta de empregados. “Ao invés de apontar soluções definitivas para sanar esse grande entrave, a direção da Caixa aposta em ações paliativas”, afirmou o dirigente.
– expansão da rede – como parte do projeto de ampliação do atendimento da Caixa, os representantes do banco ressaltaram que, em 2013, serão abertas novas agências, de forma mais planejada, aperfeiçoando o processo iniciado no ano passado, que demonstrou grande fragilidade em sua implantação.
– contratação – como consequência da expansão, haverá contratação de novos empregados, que também deve ser acelerada, de acordo com os representantes.
“Esperamos que essas contratações sejam de aprovados em concursos e supram a falta de empregados na Caixa não só nas novas agências”, cobrou o diretor-presidente da Associação.
A APCEF apoia as políticas de crescimento e fortalecimento da Caixa Econômica Federal como banco público. Almeja que seus empregados tenham acesso a sistemas mais modernos e que, cada vez mais, o banco seja uma empresa bem avaliada. Porém, esses avanços não podem acontecer às custas do desgaste e de sacrifícios dos seus empregados. “Há tempos insistimos: os bons resultados do banco não podem passar por cima dos empregados, impondo uma sobrecarga abusiva e péssimas condições de trabalho”, afirmou Sérgio Takemoto. “Acompanharemos todos esses processos e projetos e estaremos atentos às ações da Caixa”, completou.