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A direção da Caixa não reconhece a sobrecarga de trabalho que recai sob os ombros dos tesoureiros nas retaguardas das unidades e a precariedade para o desenvolvimento das diversas funções.

Por isso, a APCEF e Sindicatos organizaram um encontro, na manhã de sábado, 14 de setembro, em São Paulo. Compareceram tesoureiros de Campinas, Jundiaí, Guarulhos, Baixada Santista, São Paulo, Osasco e outras regiões.

Os principais problemas relatados pelos tesoureiros foram a sobrecarga de trabalho, a falta de empregados e as responsabilidades assumidas nesta função.

“São muitas as atribuições dadas aos tesoureiros, muitas responsabilidades e nenhum reconhecimento”, destacou um empregado presente ao encontro.

“Ficamos sem almoçar, temos de cobrir férias de outros colegas e até socorrer unidades. Fazemos isso, muitas vezes, indo de uma agência a outra, no mesmo dia, utilizando o transporte público”, relatou outro tesoureiro.

Os empregados estão cansados das promessas não cumpridas pela direção da Caixa e estão revoltados com a quantidade de trabalho.

“A greve, dentro da nossa campanha salarial, é o momento mais apropriado para que os tesoureiros se unam, manifestem seu descontentamento e mostrem à Caixa o quanto estão sobrecarregados”, disse o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

A greve tem início em 19 de setembro, quinta-feira. Os empregados devem procurar o Sindicato de sua região e participar das atividades propostas para o período. Qualquer dúvida, entre em contato com a APCEF pelo telefone (11) 3017-8315 ou pelo e-mail sindical@apcefsp.org.br.

 

• Histórico recente de lutas com os tesoureiros

Em novembro de 2011 – a Caixa coloca toda a responsabilidade da RETPV para os tesoureiros (conformidade, gestão, conciliação, abastecimento do autoatendimento, entre outros quase 60 itens);

Em dezembro de 2011 – a APCEF e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região promovem o Encontro Estadual de Tesoureiros, como encaminhamento de realização de um dia de manifestos à Ouvidoria da Caixa;

Em fevereiro de 2012 – durante as negociações permanentes da CEE-Caixa com a direção do banco foram cobradas soluções para a sobrecarga de serviços, falta de segurança, condições de trabalho e acúmulo de funções;

Em abril de 2012 – a Caixa assina acordo e exclui tesoureiros da CCV das 7ª e 8ª horas;

Em outubro de 2012 – após luta na Campanha Salarial, conquistou-se alguns compromissos da direção da Caixa com os tesoureiros (cláusula 52 do Acordo Coletivo de Trabalho Aditivo). A APCEF criou um formulário para o encaminhamento de sugestões dos tesoureiros para melhorias das condições de trabalho. Foi entregue à Gilog a demanda das retaguardas: espaço, luminosidade, ventilação, mobiliário e equipamentos;

Em dezembro de 2012 – aconteceu o Encontro Estadual de Tesoureiros quando os empregados analisaram a cláusula do Acordo Coletivo e os prazos prometidos pela direção do banco;

Em abril de 2013 – durante negociações permanentes, os representantes dos empregados exigiram uma explicação para o não cumprimento do Acordo Coletivo pela direção da Caixa;

Em setembro de 2013 – a APCEF e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizam um encontro com os empregados das retaguardas.

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