Acontece hoje, 16 de dezembro, mais uma reunião do grupo de trabalho que faz o acompanhamento do projeto-piloto de segurança bancária. O encontro será no Hotel Golden Tulip Palace, em Boa Viagem, em Recife.

O grupo formado pela Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco e a Febraban foi instalado em 4 de novembro para avaliar a evolução do projeto-piloto, assinado no dia 14 de maio.

O projeto foi implantado na capital pernambucana, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. O acordo garantiu a instalação de portas de segurança com detectores de metais, câmeras internas e externas, biombos entre a bateria de caixas e as filas, guarda-volumes, vigilantes com coletes a prova de balas e armados de acordo com a Lei 7.102/83 e cofre com dispositivo de retardo.

De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, na primeira reunião, foi falado aos bancos que o projeto-piloto só funcionará se todos os integrantes do grupo tiverem acesso às informações, como os boletins das ocorrências e a participação ativa de todos os envolvidos.

As entidades sindicais uma reunião com a participação da Secretaria de Defesa Social do Governo de Pernambuco, do Comando da Polícia Militar, do Delegado Geral da Polícia Civil, do Ministério Público e das prefeituras das três cidades e dos representantes das agências que participam do projeto-piloto.

A proposta dos bancários foi a realização dessa reunião ampliada do grupo na primeira semana de dezembro, no auditório do Sindicato, porém, foi recusada pela Febraban.

Os bancários reivindicaram a participação da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e do Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco, uma vez que uma das medidas previstas no projeto-piloto é a presença de vigilantes armados e com coletes a prova de balas.

Foi pedido também a participação no grupo de um representante do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), já que hoje fazem parte apenas os seis maiores bancos (BB, Caixa, Bradesco, Santander, Itaú e HSBC).

Os representantes dos trabalhadores cobraram ainda a isenção das tarifas de transferência, uma vez que no protocolo assinado um dos compromissos de responsabilidade da Febraban é "promover estímulos para a realização de transações eletrônicas (DOC, DDA, cartões, etc) e redução do saque em dinheiro". Para Cordeiro, "o melhor estímulo é a isenção das tarifas, evitando que os clientes sejam vítimas do crime da ‘saidinha de banco’".

De acordo com a Febraban, nas agências monitoradas ocorreram seis assaltos no Recife, em Olinda e Jaboatão no primeiro semestre deste ano: Itaú Entroncamento (03/06); Bradesco Concórdia (10/06); BB Ceasa (05/07); BB Benfica (29/07); BB Espinheiro (03/09) e HSBC Paissandu (25/10). Falha no equipamento de segurança foi o motivo principal, conforme a Febraban, que promete mais detalhes das ocorrências na reunião desta segunda-feira.

Além dessas unidades, foram assaltados, também, a agência da Caixa no Shopping Plazza, em Casa Forte, e o PAB do BB na Fachesf. "Note-se que essas duas unidades estão fora do acordo, assim como estão as chamadas agências de negócios. As ocorrências provam que estar dentro de um shopping ou uma empresa não é garantia de segurança, como quer a Febraban.

Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, o projeto-piloto só irá avançar e trazer bons frutos se as reivindicações forem atendidas. “Para que depois possa servir de referência para a extensão dos resultados alcançados a todas as agências do país, buscando melhorar a segurança e proteger a vida de trabalhadores e clientes", conclui.
 

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